O beijo da crisálida infecunda
corrói e fere alguma boca imunda
por essa sua acidez tão febril
vai causar um morticínio senil
Mariposa de aspereza profunda
de cancros e chagas a tez inunda
quelíceras ávidas e olhar vil
provocam dor e pesadelos mil
Arsênico nas páginas da bula
d'um elixir de Ambrósia destilada
Bater de asas ao papel repousou
Esse veneno que aos olhos pula
Morte que faz-se calma e aguardada
Do gargalhar mudo que findou
Sem comentários:
Enviar um comentário