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quinta-feira, 26 de abril de 2007

do Perfume amado

Lucas C. Lisboa

Um sorriso desabrochou dos lábios de Flëur, não sorria mais assim, pelo menos não desde que voltara para casa. Sorrira pelo perfume do frasco que se espatifara ao chão.

O derrubara do alto da estante quando pegou, para lhe trazer o sono perdido em algum canto da noite naquele quarto, um livro de poesia. Nem se lembrava mais que ele o havia deixado ali, afinal, três longos anos já tinham se passado desde então.

Ajoelhou-se ao chão e, afectuosamente, recolheu todos os cacos, até os mais pequeninos, depositando-os em suas mãos. Recolhidos todos levou a mão ao rosto para tal fragrância melhor sentir.

Os pedaços de vidro beijou, lembrando-se dos dias que beijava o corpo exalando aquele tão caro e doloroso odor... Não sentiu novamente o calor de sua pele, mas, sim o sabor do sangue de seus lábios feridos.

6 comentários:

  1. olá, paor onde ondas que sumiu do meu canto, mesmo que não aprecie estar por cá? Sinto falta... As críticas auxiliam no crescimento... de alguma forma. bjos da femme.

    FONTE
    *femme*

    Como-te com as mãos
    Dispo-te com os olhos
    Há um mundo de desejos ocultos
    Em nossos desejos
    Gozo, êxtase
    Suspiros, gemidos
    Que se confundem
    Que se misturam
    Que se entendem
    Nossa pele úmida
    Nosso ventre unido
    Parece uma fonte a jorrar

    Prazer infindo...

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  2. Esqueci.. adoro perfumess... "J'adore", Crhistian Dior, especificamente... cacos, dispenso, rs. Bjos *femme*

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  3. Nesse fim de tarde sem sol (pelo lado de dentro), foi um presente teu blog...
    Textos tão significativos, cheios de metáforas, fazem bem à alma em dias assim; Obrigada! =)

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  4. ai, doeu... pois venha conhecer o outro... quem sabe assim aprecia mais...

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  5. Depois de três longos anos, une Flëur se questiona se algum dia fora amada pelo seu mais precioso poeta...
    No entanto, sua resposta é somente o silêncio.

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  6. Perdoe-me meu caro, mas não pude deixar de rir deste último comentário comentário...

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