Páginas

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Poeta e Artista

Lucas C. Lisboa

Eu tanto lhe espero
não é porque tenho
mas sim porque quero
nós dois num desenho

Feito com esmero
por você tão minha
que nega o sincero
desejo que aninha

Em seu, e meu, sonho
que de tanto vinha
por nosso medonho
de ficar sozinha


7 comentários:

  1. resposta a scrap do orkut (que não me deixa postar dizendo que este texto parece spam):

    obrigada, lucas! onde você leu a resenha?
    também escrevo poesia, encontrei coisas legais no srpersonna. "adoro coisas faltando, sou d'algo faltando... da comilança sem cela... por nosso medonho / de ficar sozinha". já experimentou o verso livre, sem métrica ou rima? bjs

    ResponderEliminar
  2. DESFRUTE

    Diante desses dedos que fingem me negar,minhas pétalas seguem desabotoando a pele,rumo à gula indecente e voraz do seu olhar.

    Afio os meus espinhos pintados de carmim e sigo rabiscando as geografias de sua pele,espalhando meus rascunhos sobre você.

    Sorvo com sofreguidão a sua fala, conferindo no hemisfério molhado de seus lábios, este repertório obsceno e sujo,elaborado para me enlouquecer.

    E, em meio a trajetos curtos e movimentos mágicos, vamos montando nosso espetáculo, entre os solavancos delicados, tentando encaixar, sem nunca caber.

    ResponderEliminar
  3. SEU FALO...

    O fio da espada
    que penetra entre meus lábios
    me unem profundamente a você.

    Busque a minha língua
    a que não fala
    enquanto a outra pede por nós: não pare!!

    ResponderEliminar
  4. MINHAS BOCAS...

    Uma come
    a outra devora
    uma chama teu nome
    enquanto a outra
    estranha a demora.

    ResponderEliminar
  5. DEGLUTIÇÃO

    o falo
    entala
    a fala.

    Seu jeito rude
    impiedoso
    fome voraz
    seu falo
    me cala
    entala

    Mas arde me a pele
    e com ar de suplica, meus olhos pedem não para!

    ResponderEliminar