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quarta-feira, 29 de junho de 2011

por você

Lucas C. Lisboa

faço do sono vigilia
de peninsula uma ilha
enxugo cubo de gelo
crio sonho de pesadelo

faço verso em redondilha
de limusine a brasília
eu lhe deixo nua em pelo
e do motel um castelo

eu só não lhe abro os mares
nem curo todos os males
que nasce dentro do peito

não deixo que a fome acabe
pois uma dorzinha cabe
dentro dum amor perfeito

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