Lucas C. Lisboa
Com o doce balanço do vagão
Ela morde seus lábios bem no canto
e conforme lhe sobe seu tesão
relê o poema cheio de tanto encanto
Ele se fez poeta em procissão
que evangeliza como fosse santo
e tem a poesia e a desrazão
as duas únicas deusas de seu canto
ela moça de saia justa e curta
que curte os versos dele com corpo
tendo sua alma cativa e bem absorta
sua silueta no reflexo torto
da janela ele admira e arquiteta
para dela fazer seu cais e porto
Ando sempre de trem e de metrô. Espero encontrar com você num dia desses. Nâo sou linda, nem sou garota, mas sinto um imenso prazer em ler seus textos.
ResponderEliminarAbraços
Os olhos do poeta enxergam a beleza em mais lugares do que os mais comuns olhares.
ResponderEliminarEsses dias encontrei contigo no ônibus, li seus poemas e vim parar aqui. Nunca liguei muito para poemas, prefiro prosa mesmo, mas gostei muito dos seus. Parabéns!
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