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domingo, 29 de abril de 2018

Mascate

Não penso ou pondero na sacada
e desafio os fios dos novelos
que desfio suspirando por seus pelos
pelo bigode na nuca arrepiada

meu deus, releva a relva emaranhada
nos castanhos cacheados dos cabelos
de meu amado amante que os conselhos
de mamãe sempre disse ser cilada

quando me leva leve num enlace
laça meus pulsos como que num passe
de mágica de charlatão fugaz

engana-me seu engodo glorioso
nossa relva, meu leito e o seu pouso
repousando-me o gozo do rapaz

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