Páginas

terça-feira, 27 de maio de 2025

Ocaso

Eu ainda me fio
na boca calada
Eu me choro e rio
num lago salgado
me perco na estrada 
e com sede me ardo
capricho no horror
por onde me for

Eu prefiro o frio
desta madrugada
Eu vou bater macio
no peito gelado
que sem saber guarda
este mal amado
e triste rancor 
regado tal flor

Eu broto no estio
da seca queimada
Eu vento vadio 
o próprio pecado
e canto a cilada
do torto e errado
sem canto de amor
vendo o sol se pôr 

1 comentário: