Sr. Personna, o que trazes pra mim?

Eu confio e me fio  em todas tuas mentiras  Porque cá dentro faz frio  Sem você pra me aquecer

Entre o trago  e o estrago  muda o porre  muda a dose

me fofoca como rádio  mas de todos os babados os melhores são seus lábios que me felam tão molhados

Trago numa rede sede d'água doce fome dos abraços  de quem bem me quer Pescador do rio fiz o meu caminho  pescador do mar feito fui maru...

Poeta tratante é certo: poema feito de rompante tem uns mil rascunhos

Em meu ninho ela repousa a doce cuco canora saliva a saliva da outra e lambe minhas bolas

 

Não respira só me beija pra quê fôlego se há saliva?

Tortura tua timidez  todo tato torturado tem telúrica tristeza traceja treme termina 

Entre a stairway to heaven  e a highway to hell Prefiro apanhar  um táxi lunar

Sede de saliva cannabis sativa Vem, se achegue e aconchege-se Sex to you, sextou my baby Vem você de vinho, vem

De gangorra com a forca eu brinco com meus passados  que repasso a ferro e fogo nos anseios que me mordo

Por mimo, prazer e trato, eis a linda bonequinha: tão deliciosa putinha, que uso, abuso e maltrato!

Quente, forte, sem açúcar, sem média e sem sorriso. Sobre acordar de manhã: depois do café me expresso.

Ela me olha os pés e diz  que Meu All Star azul Combina com o vermelho  da sua língua atrevida

Porquê matar dois coelhos com uma caixa d'água só é usar vestido de festa  junina no carnaval

Sei que há quem cultive amores platônicos... Mas eu me dou mais com o beijo grego

Tá confundido as coisas irmão Cristão é que reparte o pão Comuna faz revolução e toma os meios de produção

O namoro enamorou Vem cá amor, vem cá meu bem Nós somos e eu só não sou Acabou mas inda tem

é redondilha menor: cinco sílabas poéticas, formam verso de protesto, contra a tal  poesia clássica!