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Poeta e apenas poeta

Já me olharam espantados quando digo que sou poeta e só poeta. Que não canto, nem danço, nem atuo, nem pinto, nem bordo, que "só" ...

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terça-feira, 1 de junho de 2010

domingo, 30 de maio de 2010

sábado, 6 de março de 2010

Mil Momentos

Lucas C. Lisboa

Mentirosos mordazmente
mentiras milhares mentem

matando mais moribundos
maltrapilhos malfadados

maltratam meu melhor metro
me minguam malignamente

matam meus místicos mundos
me moldando mortalmente

minha mais maravilhosa
me mesura má medida



sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Sim

Lucas C. Lisboa

Sou seu sátiro selvagem
saído sob sonhos singelos
sempre sonhando sozinho

Sou seu sortilégio simples
serpenteando soluções
sobre sutil sordidez

Sou seu solitário sábado
sendo sempre serviçal
sem sorriso satisfeito

Sou seu singelo segredo
soterrado sob sepulcro
sem sombrias sombras secretas

Só sou, somente sou sempre
sem sentido sem sapiência
sem solução sem segredos
P.S,: desafio meus leitores a descobrirem e listarem os contraines (restrições que ditei antes de escrever esse texto) é um exercício e tanto para quem quiser aprender um pouco mais sobre poesia e sobre literatura potencial. 

domingo, 16 de agosto de 2009

Pequena rocha

Nossas juras, nossas rezas.
Quiseramos ser perdidos
Nossos versos, nossas trevas.
Os trouxemos escondidos

Nós temos um santuário
sagrado em nosso nome
e tenho, ainda, o sudário
de nosso suor e fome

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Comunidade Científica Adverte

Para se caracterizar enquanto milharal precisa-se de pés de milho. Portanto, é imprescindível, que se plante milho no milharal.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Obviedades

Lucas C. Lisboa

Co'ela eu descobri
muito de mim mesmo
que não podia imaginar.

Descobri verdades
óbvias que eu me
recusava a enxergar.

Descobri até mesmo
que feliz ao lado
dela eu posso ser.

Que existem verdades
além dos pesadelos
e sonhos ruims.

Descobri que posso
viver e saciar
toda minha fome.

Que eu posso até
me sentir completo
e também em paz.

Descobri o prazer
de lhe acariciar
e ver em seus olhos

e pensei que eu
no brilho que jamais
trocaria num olhar.

Cúmplices? Creio
que é só o começo...

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Letras

Lucas C. Lisboa

ele
é

erre
a
esse

LETRAS

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Zero-Amor

Lucas C. Lisboa

Ambos Bêbados Caminhavam Desolados
Ainda Baixava o Crepúsculo Dolorido
Embalados Faziam Gracejos Horrorosos
Enciumados Fizeram-se Gratos, Honrados

Insensíveis Jogaram-se à Lama Marrom
Inseparáveis Jaziam Lânguidos, Mordazes
Numa Opulenta Perversão Quotidiana
Naturalmente Ordenada Pelo Querer

Revelaram-lhes, Sensualmente, Taras Últimas
Vorazmente Xoxotas Zunindo Azulmente
Braulios Comedores Deleitados Enfim

Rejeitando Sanhaduras Tão Usuais
Velhacas Xícaras Zelaram Absorvidas
Bebiam-se Carregando Desfrutes Enfáticos

domingo, 27 de abril de 2008

Alegria

Lucas C. Lisboa

Bom dia luz do dia!
Bom dia raio de sol!
Boníssimo dia...
minha cara mia!

Está assim feliz?
Não, é só lirismo.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

A quanto tempo nao sentia,

O gosto do meu próprio sangue sangrando
calmamente a dor verdadeira esvaindo
Faz tempo, muito tempo...
Mas hoje preciso senti-lo,

Sentir que ainda estou vivo!
Sentir na pele o que me rasga por dentro.
Hoje é dia de sentir.
Sentir tudo que há de mais terrível.

Para que eu possa me esquecer
esquecer de mim mesmo.
Esquecer que existo.

Pois me venham as laminas, os ácidos,
velas, torturas e loucuras.

Se nada opera efeito,
operar-me-ei cada defeito.

Fatais, fatais vaticinios,
frutos desses meus desatinos,
de meus sonhos irrealizados,
de meus porões mal assombrados.

Cercado, por todos os lados...

Será defeito?
Talvez só tenha me restado
um único jeito...
De tornar-me perfeito.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Cidade-lua

Lucas C. Lisboa

Menino engenhoso
Vendo pássaros e penas
Fez voar papel

Querendo tão mais:
as núvens todas tocar
era seu intento

De feitura sua
muito bem arrematada
com precisos laços

trabalho ardoroso
feito por noites centenas
colado com mel

Penhasco foi cais
pr'ele para os céus zarpar
ao sabor do vento

Chegou até a lua
Com a sua pipa dourada
maior que seus braços

Malfadado pouso
entre casas tão pequenas
na cidade do céu

Nos tortos beirais
Moradas a se amontoar
sem ordenamento

Caido numa rua
da cidadela aluada
sem de vida rastros

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Os súditos de Nero

Virginia Moraes e Lucas C. Lisboa

O Pássaro não vai voar,
quer morrer onde nasceu.
O Grilo não irá saltar,
queimar junto o verde seu...

Tatu não vai pra toca:
não se esconderá da morte!
Hienas numa gargalhada:
juntas pela mesma sorte!

O Urubu foi logo embora:
a carniça já é carvão...
Canguru de bolsa cheia
pro filho quer salvação!

Leão, protetor da floresta,
quis salvar o seu reinado!
Fogo não era seu súdito!
Caiu na chama amargurado...

domingo, 19 de agosto de 2007

Sistema Integrado de Criação Poética.

Lucas C. Lisboa

Programa 1
Analisa a sintaxe de um texto separando cada palavra segundo sua variável podendo trocar indefinidademente entre elas.

Programa 2
Analisa o resultado do programa um sob o aspecto fonético, ritmico e harmônico de acordo a atingir uma determinada eufonia pré-estabelecida.

Programa 3
Organiza o texto para se encaixar em uma determinada contrução, métrico/poética.

Fase Final
Os três processos são realizados sucessivamente até se encontrar uma forma afinada aos três parâmetros.

Infamidade I

Lucas C. Lisboa

Assim como?
Como assim?
Comendo!

Dictionary

Lucas C. Lisboa

my pig is a pigmy
meu porco é um pigmeu

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Preâmbulo

Lucas C. Lisboa

O estudo da estética da obra o Capital de Marx se justifica, dentre um meandro de razões, quando se enfoca a sua relação com os estudos comparativos do estudo da estética da obra de Durkheim e o estudo da estética da obra de Weber. Sendo que o segundo, o estudo sob o enfoque estético das obra de Durkheim, serve, essencialmente de sustentáculo especulativo numa análise comparativa entre o primeiro, estudo estético da obra de Marx, e o último, o estudo estético da obra de Weber. Não obstante, temos no estudo desse último, o estético em Max Weber, uma análise profunda de sua interelação comparativa com o estudo das questões estéticas em Karl Marx, e a possibilidade de ponte com esse estudo na obra de Emile Durkheim.

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Um brinde a nós, porque sem nós, nós não estariamos aqui!

segunda-feira, 19 de março de 2007

Humanidades

Lucas C. Lisboa

Pois nada é tão errado
que não se possa acertar

Pois nada é tão sagrado
que não se possa gozar

Pois nada é tão acertado
que não se possa errar

Pois nada é tão gozado
que não se possa rezar

quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

Carteado

Ataualpa S. Pereira / Lucas C. Lisboa

Naquela tênue luz, cartas à mesa posta:
os dedos sobre o Palco marcam o compasso,
por um olhar reluz os punhados da aposta,
de relance o decalco do Arlequim devasso...

Ao lado Imperatriz com seu Bastão em Cruz:
sorri a prima realeza, para de sobressalto
tal uma meretriz ele às cartas faz jus,
gota se esvai, frieza pela face em salto...

Dum trago, tece fio de bruma dançatriz
d'outro lado pigarro de rouca aspereza:
cerra os olhos no fetio da velha cicatriz
na cuspideira escarro dissolve a certeza.

Dedos um tanto tensos esquecem do frio,
finalmente, felinos partem ao bizarro:
são montantes imensos por desvario,
intrépidos ladinos sem temer esbarro...

Sorriso de resposta, olhares intensos:
o passo em falso é trocismo dos destinos!
Na Trapaça exposta: silêncio aos lenços
antes do encalço virão saques alcovinos.