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Poeta e apenas poeta

Já me olharam espantados quando digo que sou poeta e só poeta. Que não canto, nem danço, nem atuo, nem pinto, nem bordo, que "só" ...

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sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

Devoro




Devoro devoro
devoro você!
Devoro devoro
devoro você!

Provo e como de colher
toda sua sanidade!
mastigo-te mulher
cada naco de vaidade.

E se um dia me vier
nesses ais e piedades...
só vou lhe remoer 
culpas e calamidades!

Devoro devoro
devoro você!
Devoro devoro
devoro você!

Quem tenta me benzer
com respingos de bondade...
erra, pois sou mau fazer
sou pura perversidade!

Escarneço com prazer
do perdão do padre
madre, freira ou bem-dizer... 
fodo com gosto o abade!

terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

De gênia

Adoro seus dreads
por entre meus dedos
afago e me deixo
beber dos seus beijos

Adoro seus dedos
tocando meus pêlos 
que me faz piano
desses seus carinhos

Será essa poética 
feita corda e guia
de canção macia

Serei sua música
seu ritmo, cadência
de toda indecência
 


terça-feira, 4 de outubro de 2022

Faço música de sua letras

Oh...  quanto delírio 
que quando lhe penso 
deságuo eu no intenso
toque que dedilho

tal meu instrumento 
que os dedos eu trouxe 
pro seu sexo doce
que inunda sedento

jorra feito fonte
de sujos pecados
numa imunda mente

De anjos safados
que gozam defronte 
o meu dedilhado 

sábado, 16 de julho de 2022

Minha orquestra

Lhe dedilho o sexo
perfeito piano,
Dessas suas nádegas 
própria percussão,

Da boca e dos lábios
o meu saxofone
E seu corpo inteiro
o meu violão

Qual o seu gemido
em dó sustenido?

de lado, de quatro
de joelho o retrato?

que no ré lhe trago 
pro perfeito estrago

quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Sonetilho para Cecília

Meu desejo, paz e leito
é assim sóror Cecília
sonho largo corpo estreito
minha maior redondilha

É meu chão e também ilha
Onde me aporto perfeito
É loba e minha matilha
que banqueteia meu peito

Por onde corre, tropeço
pois conhece meu segredo
o meu erro e redenção

Verso cujo metro meço
na lembrança do degredo
rima, ritmo coração

quarta-feira, 7 de julho de 2021

Atenção

Aqui tudo bem se ajeita
tem caos, bagunça, tem treta
e meu psicomotor
chega a ser um horror

Minha mente não é feita
de arquivo, armário, gaveta,
fichário organizador...
Nada tem lugar pra por

Hiperfoco no hiperléxico
minha hiperatividade
tem doses de ingenuidade

Concreto, nunca hipotético
sou distraído em cada ato
real, sonho ou abstrato

sexta-feira, 25 de junho de 2021

A uma musa


A Debora Freire de Lima
é meu verso, minha rima
das letras é minha musa
que de tão perfeita abusa

Do meu sonho, minha estima
dos deuses uma obra prima
que nos meus olhos repousa
pois sua maravilha ousa

Ser mais brilhante que o sol
e bem mais bela que a lua
tão intensa quanto as marés

lhe sigo tal girassol
um nenúfar que flutua
pelas águas aos seus pés

domingo, 6 de junho de 2021

Metapoética

Minha poética expande
pelo meu lirismo e pede
pra queimar esse baralho
de verso-livre-espantalho

Eu não sou Jack, não sou Gandhi
o meu modus operandi
conserta meu verso falho
metro e rima sem atalho

Corto frases, conto sílabas
retalho versos pra forma
que confirma a eufonia

E todo e qualquer escriba
que nunca se conforma
sou eu nessa poesia

sábado, 5 de junho de 2021

Confessionário

Nosso altar, nossa benesse
essas são noites tão frias
sem aquarela, sem prece
de suas mãos sobre as minhas 

Irmã minha que padece
cúmplice da mais vadia
vontade que nos aquece
e sonha todos os dias

Cecília, pelos seus olhos
eu me via bem melhor
do que sou, fui ou serei

Sim, sou eu de sonhos falhos
mas ainda sei de cor
os olhos que mais amei

segunda-feira, 26 de abril de 2021

excrementíssimo senhor

Das mentiras numa rede
sangue nas mãos e nas urnas
um copo de ódio sua sede
não mata mas rega as ruas

Justiça implora e lhe perde
as verdades das mais cruas
Telhado se fez parede
de vidro e regência nua

Casa de vidro é palácio
da milícia e da morte
que ceifa num só cardume

a vida que de tão frágil
esvai sem logro ou sorte
sob o mando dum estrume

domingo, 7 de março de 2021

Victória

cinco dedos espalmados
nas nádegas eritemas
com seus gemidos safados
que inspiram poemas

Nos nistagmos excitados
de seus olhos, doce pena
e num tenesmo plugado
que as lagrimas encena

lambendo meus pododactilos
em diplopia no entesado
do sexo que lhe desperta

rebola em pélvicos circulos
num borborigmo calado
quando o falo lhe penetra

quarta-feira, 20 de maio de 2020

O que diria Fedro?

Cada deus embriagado
numa arena enluarada
no hipódromo do Olimpo
de mão em mão a sua benção

Por eles agraciado
com a minha biga alada
de chucros cavalos negros
Distraído e Depressão

Não basta vinho de Baco
nem os  beijos de Afrodite
e por mais que Eris me irrite

Pra Apolo não tenho saco
Hera e Zeus? Não sou padre.
quiçá ao Hades se acabe!

sexta-feira, 8 de novembro de 2019

Nunca mais azul

Quente, é verão:
noventa questões
e uma redação;
Ela não me nota

passa sem me ver,
passa se achando:
-a última Caneta
Preta do Enem-

eu nem ligo mais
pois igual a Ela

já perdi a tampa
de mais de cem

levanto a mão banheiro
manchei meu batom

sexta-feira, 4 de outubro de 2019

Em causa própria

As dívidas dos seus lábios
Já incidem juros e mora;
protestadas em cartório.
Pague logo sem demora

Porque o risco já vigora
de se decretar o arresto
de seu corpo, co'a penhora
dos seus lábios em protesto!

Serei porém o mais profícuo
nas lotas dessa almoeda
nos lances e no  arremate

Sei, sou injusto e iníquo
mas eu quero que suceda
de para mim encampar-te

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Naufrágios

Escuta bem meu amor
você precisa repor
os barquinhos de papel
que deixou cá no painel

do meu carro pois ao sabor,
das trilhas do corredor,
entre montanha e mainel,
fez-se mar em nosso céu

Cada curva dessa estrada
naufraga um bravo barquinho
que você pôs na travessa

Volta minha artesã amada
quero suas mãos com carinho
pois eu lhe tenho pressa

domingo, 2 de setembro de 2018

Barroca

Chega nua no meu ninho
bem vestida de suas taras
de dar para minhas garras
o seu tão doce corpinho

Faço todas as amarras
com calma e com carinho
enquanto isso no caminho
Lhe preparo para as farras

Eu lhe unjo seu cofrinho
com óleo de prazer
e aroma de cuidado

Ela bêbada de vinho
grita ao se perceber
com seu rabo enrabado

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Beterraba

Não cacete, não começa
co'a boca no meu caralho
Primeiro quero que meça
o meu pé como seu malho

Dedos e falanges sem pressa
decore co'a saliva e língua
pra lhe entrar onde interessa
e no meu pé rebolar faminta

Eu me rio quando me recordo
de suas juras de que nunca
chuparia meu dedão

É sem vergonha e lhe mordo
como cão cobre sua cadela
deflorando seu botão

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

Minha meretriz

Debaixo da colcha branca
Agarro suas coxas e ancas
Lhe fazendo meu delírio
me deleitando com teu martírio

Sua nadega não se espanta
quando minha mão lhe espanca
Com meu chicote lhe trilho
Marcas de vermelho brilho

Sua pele minha labuta
duma arte sádica e sacra
aos meus deuses pessoais

Não importa o quanto luta
com sua maestria de puta
É mia serva entre mil ais

terça-feira, 5 de setembro de 2017

Savana tropical

Te quero seco no leito
Solo úmido contrafeito
Mão, folhagem e cipó
E meu canino sem dó

É selvagem meu jeito
Teus lábios, regato estreito
Meu soneto teu rondó
Meu cerrado teu igapó

Ariranha banha em ti
sua selva meu palacete
tu igarapé eu sucuri

Na cheia e seca tu ri
e também no repiquete
pois cauxi coça o xiri

sexta-feira, 23 de junho de 2017

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I don't belive in Jesus Script
I'm a bug in God's code
and I live in poor mode
in core, mother board and crypt

My life, Apocalypse
On the road, in ride
No guilty, no pride
the last day of eclipse

Lostest backup
Error four zero four
he doesn't exist

System in handicap
acess by back door
one way exit