É a praga da matemática
que insiste em dizer que dois
e dois só é e só pode ser
o rigoroso de um quatro
Sendo que nós precisamos
pra fazer o bem de todos
e da nação que então seja
ao menos cinco ou seis
O conservador tortura
e conserva a dor de um três
querendo menos que dois
E o radical queima o palanque,
rasga a tabela exigindo
nada menos que seu dez
Publicação em destaque
Poeta e apenas poeta
Já me olharam espantados quando digo que sou poeta e só poeta. Que não canto, nem danço, nem atuo, nem pinto, nem bordo, que "só" ...
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quinta-feira, 21 de agosto de 2014
sexta-feira, 14 de março de 2014
Dizer que:
todo político é corrupto,
todo político é ladrão.
É o melhor salvo conduto
pra manter as coisas como estão.
Deixando todos enlameados
os que tem culpa e os que não
favorece os mais emporcalhados
que de sujeira entendem de montão.
O coronel engravatado
reina na sujeira do sertão
O midiático cooptado
domina fácil a televisão
E todo mundo é enganado
por esse velho chavão
todo político é ladrão.
É o melhor salvo conduto
pra manter as coisas como estão.
Deixando todos enlameados
os que tem culpa e os que não
favorece os mais emporcalhados
que de sujeira entendem de montão.
O coronel engravatado
reina na sujeira do sertão
O midiático cooptado
domina fácil a televisão
E todo mundo é enganado
por esse velho chavão
segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
Redondilha Maior
Sou o que sou, por inteiro
e acredito que me expresso
dum jeito mais verdadeiro
se pelo verso me meço
Sou do tipo poeteiro
que mesmo quando converso
vou escandindo o letreiro
poético que estou imerso
São minhas métricas escravas
as cartas dum palacete
São palavras pouco sábias
que poeto pra cacete
São minhas sete sílabas
o mais redondo banquete
e acredito que me expresso
dum jeito mais verdadeiro
se pelo verso me meço
Sou do tipo poeteiro
que mesmo quando converso
vou escandindo o letreiro
poético que estou imerso
São minhas métricas escravas
as cartas dum palacete
São palavras pouco sábias
que poeto pra cacete
São minhas sete sílabas
o mais redondo banquete
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
Maresia
Lucas C. Lisboa
Imagina se eu fosse um pirata
e seu quarto navio todo cheio
de riquezas bem mais que ouro e prata
por apenas ter você no meio
lhe darei cantos e serenatas
se for minha sereia de cachos
com perfume do oceano e fragatas
entre os mastros as velas e laços
pelas cordas içadas ao vento
com seu corpo sutilmente preso
minha bela que faço de porto
para todos desejos imensos
que transborda até o mar onde rezo
o meu terço e cântico torto
Imagina se eu fosse um pirata
e seu quarto navio todo cheio
de riquezas bem mais que ouro e prata
por apenas ter você no meio
lhe darei cantos e serenatas
se for minha sereia de cachos
com perfume do oceano e fragatas
entre os mastros as velas e laços
pelas cordas içadas ao vento
com seu corpo sutilmente preso
minha bela que faço de porto
para todos desejos imensos
que transborda até o mar onde rezo
o meu terço e cântico torto
domingo, 14 de julho de 2013
Baratas de Copacabana
Se essa conta vou ter que pagar
pra essa festa ja tenho meu par:
levo cara de pau e as mãos nuas
pra dizer Não pras suas falcatruas!
Vinte centavos ou Caviar?
escolha o lado que vai ficar
são centenas que tomam as ruas
gritam verdades óbvias e cruas.
Você pode me atirar dinheiro
com o qual suborna os militares
mas ele não cala o mundo inteiro!
Você pode me atirar cinzeiro
o sangue de um mexe com milhares
porque de fumaça já estou cheio!
pra essa festa ja tenho meu par:
levo cara de pau e as mãos nuas
pra dizer Não pras suas falcatruas!
Vinte centavos ou Caviar?
escolha o lado que vai ficar
são centenas que tomam as ruas
gritam verdades óbvias e cruas.
Você pode me atirar dinheiro
com o qual suborna os militares
mas ele não cala o mundo inteiro!
Você pode me atirar cinzeiro
o sangue de um mexe com milhares
porque de fumaça já estou cheio!
terça-feira, 9 de julho de 2013
Vândalo
Quero quebrar essas regras
subverter essas medidas
e brincar de cabra-cega
com as normas esquecidas
Quero brindar com as pregas
das verdades carcomidas
dum modernismo que afaga
ideias pré concebidas
O metro não é vilão
nem mata a criatividade
dum poeta verdadeiro
É desafio de montão
pra quem tem necessidade
de inovar o tempo inteiro
subverter essas medidas
e brincar de cabra-cega
com as normas esquecidas
Quero brindar com as pregas
das verdades carcomidas
dum modernismo que afaga
ideias pré concebidas
O metro não é vilão
nem mata a criatividade
dum poeta verdadeiro
É desafio de montão
pra quem tem necessidade
de inovar o tempo inteiro
quarta-feira, 19 de junho de 2013
Poeticamente sádico
amarro bem os meus versos
e tolho cada palavra
que avulsa vira escrava
de meus desejos perversos
gosto quando a rima crava
na carne ímpetos imersos
em tara, desvios diversos
e doce perversão rara
com voz doce e macia
teço bem uma ilusão
de que a corda acaricia
pelas linhas da escansão
geme cada poesia
e se encadeia o tesão
e tolho cada palavra
que avulsa vira escrava
de meus desejos perversos
gosto quando a rima crava
na carne ímpetos imersos
em tara, desvios diversos
e doce perversão rara
com voz doce e macia
teço bem uma ilusão
de que a corda acaricia
pelas linhas da escansão
geme cada poesia
e se encadeia o tesão
segunda-feira, 20 de maio de 2013
Capataz
Minha mucama mulata
me beija os pés lavados
com rosas e serenatas
que abençoa meus pisados
Tem nos olhos de gata
travessuras, requebrados
e uma malicia exata
dum feito mais que safado
Que ninguém jamais me acuda
da língua em meus ouvidos
que pra cama logo puxa
Que me importa se ela ajuda
uns tantos negros fugidos
debaixo de minha fuça?
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
Noturno
toma-me com força
sou da chuva poça
de trocas veladas
e cartas marcadas
sonho que sou moça
de pele de louça
rara e bem cuidada
co'as roupas rasgadas
num toque faminto
por teus fortes dedos
nestes meus mamilos
mas, renego e minto,
seriam teus suspiros
nestes meus segredos?
quarta-feira, 23 de janeiro de 2013
Entre a Igrejinha e o Terreiro
De nascimento sou Mineiro
de comida boa com alho e sal
além de doces sem igual
mas vivo no Rio de Janeiro
Não eu num sei tocar pandeiro
surdo, bumba ou berimbau
Mas curto a onda de carnaval
do mêsdmarço inté Fevereiro
Eu larguei meus mares de montes
por mais um por-do-sol no cais
e versos com novo tempero
Vim dos mais belos horizontes
dessas minhas minas gerais
presse tão sacro pardieiro!
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
Danoso
Nas fotos eu a vejo
com um sorriso triste
de quem se faz tão feliz
quanto todos querem
Não sei mais o que bate
por sob seus belos seios
na camisola negra de dormir
nem se tem sonhos ou desejos
Sei que ela no seu quarto
ainda guarda o violino
que lhe dei com carinho
E dorme sobre sua cama
o urso de seu tamanho
escrito "Te amo" nos pés
domingo, 2 de dezembro de 2012
Ela, no espelho, sou eu
Pequenina e magricela
porém faminta como eu
tem um jeito de aquarela
que no pincel se perdeu
Pinta co's dedos a tela
dum jeito bem meu e seu
Assim bruta e singela
uma musa prum ateu
Sou narciso enamorado
por essa doce mocinha
que as vezes morre de medo
de ter o peito apaixonado
pela poesia daninha
que guardamos em segredo
terça-feira, 22 de maio de 2012
Canto ao Guerreiro
Lucas C. Lisboa
Sangrando o ar com sua espada
o cavaleiro sustenta
sozinho pela lembrança
dos beijos da bela amada
Não baixa nunca sua guarda
em uma luta sangrenta
contra as sombras dessa herança
que lhe ergue e lhe mata
É guerreiro bravo e forte
algoz dos vermelhos dragões
e também de homens e feras
Rei no sul vilão no norte
herói na costa e sertões
será lembrado por eras!
Sangrando o ar com sua espada
o cavaleiro sustenta
sozinho pela lembrança
dos beijos da bela amada
Não baixa nunca sua guarda
em uma luta sangrenta
contra as sombras dessa herança
que lhe ergue e lhe mata
É guerreiro bravo e forte
algoz dos vermelhos dragões
e também de homens e feras
Rei no sul vilão no norte
herói na costa e sertões
será lembrado por eras!
terça-feira, 27 de março de 2012
Tortura Poética
Lucas C. Lisboa
nunca teve de verdade,
Ela cândida e concreta,
qualquer pudor ou vaidade
pra por na linha o poeta
entre os trilhos da cidade
Ela amarrou o poeta
com requinte e crueldade
para sua morte certa
declamaria-lhe Drummond
até encher seus ouvidos
com filosofia barata
causaria-lhe o meio tom
dos versos mais repetidos
de Quintana até Bilac
nunca teve de verdade,
Ela cândida e concreta,
qualquer pudor ou vaidade
pra por na linha o poeta
entre os trilhos da cidade
Ela amarrou o poeta
com requinte e crueldade
para sua morte certa
declamaria-lhe Drummond
até encher seus ouvidos
com filosofia barata
causaria-lhe o meio tom
dos versos mais repetidos
de Quintana até Bilac
terça-feira, 6 de março de 2012
Amor de Carnaval
Lucas C. Lisboa
Pelas minhas ricas rimas
e pelos meus velhos prantos
as moças mais femininas
se perdem nos meus encantos
Nas minhas mentiras finas
rezam por todos os santos
pra ser verdades ferinas
o sonho de embalos tantos
Faço da sombra seu par
pra doce moça a sonhar
mais que pode ou deseja
Fato o mal sempre se arranja
pois fodo como quem transa
e mordo como quem beija
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
deus-menino
Lucas C. Lisboa
pois tenho que me gabar
do meu eu e de vocês
que formam um belo par
de meia-noite às seis
quero mesmo é surrupiar
rainha na folia de reis
e depois sodomizar
uma freira outra vez
eu quero montar um cagado
desses de veloz corrida
numa dança de congado
ou na asa duma fedida
fada com o pé quebrado
numa tarde ensolarada
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
Bilboquê
Lucas C. Lisboa
É na sua carne o meu fogo
embala o som tique e taque
da sua nova fantasia
e eu de mágico de araque
Nas mãos o brinquedo antigo
que me delira no fraque
num movimento que delicia
e me faz seu melhor claque
Sigo seu riso onde for
e me pergunto porquê
d'um perfume ser tão bom
Ela menina de flor
brinca com seu bilboquê
no Carnaval do Leblon
É na sua carne o meu fogo
embala o som tique e taque
da sua nova fantasia
e eu de mágico de araque
Nas mãos o brinquedo antigo
que me delira no fraque
num movimento que delicia
e me faz seu melhor claque
Sigo seu riso onde for
e me pergunto porquê
d'um perfume ser tão bom
Ela menina de flor
brinca com seu bilboquê
no Carnaval do Leblon
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
Gordinha Gostosa
Lucas C. Lisboa
Gosto quando minha glande
ganha a garganta da gordinha
num gracejo grosso e grande
para lhe gozar gatinha
gostosamente em suas nádegas
regojizo meu bons golpes
de palmadas graciosas
se cavalga-me aos galopes
a garota gorduchinha
tão gostosa me dá gana
de assim lhe apertar todinha
ela me engole e afana
meu falo mui gulosinha
e é mesa pruma semana!
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Honesto
Lucas C. Lisboa
E me diga meu benzinho
de que são essas olheiras?
Pois são culpa do vizinho
que me alugou as orelhas!
Tocando samba e chorinho
pela madrugada inteira!
Mas fui pago direitinho
com moças e bebedeira.
Sim, sim, eu tava na festa
não nego, é feio mentir...
Eu sei que hoje só me resta
pelo seu perdão pedir.
Se me der faço a promessa
de TENTAR não repetir!
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