Linda não fale só faça a promessa
por que agora será minha cadela
fará cada vontade mais possessa
de tornar puta minha Cinderela
ajoelhe-se mas sem qualquer pressa
Eu quero que meu falo seja a vela
que concentrará toda a sua reza
enquanto minha mão lhe descabela
Não para agora e muito menos pensa
como é que ousa servir-me só metade?
abra a boca pra benção do seu fim.
Sim, eu lhe invado e não peço licença.
Era isso que sonhava com vontade?
não, não diga mais nada só o seu sim...
Publicação em destaque
Poeta e apenas poeta
Já me olharam espantados quando digo que sou poeta e só poeta. Que não canto, nem danço, nem atuo, nem pinto, nem bordo, que "só" ...
Mostrar mensagens com a etiqueta Soneto. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Soneto. Mostrar todas as mensagens
segunda-feira, 22 de abril de 2013
Coroa de Sonetos de Amor - X
não, não diga mais nada só o seu sim
sua boca velada e o seu suspiro
são as respostas que quero pra mim
minha doce miragem que prefiro
não, não conto os segundo para o fim
mas você bem que sabe que sou Sátiro
e não apenas um sonho que não-ruim
pois com o que lhe curo também firo.
Marcados, unos, nossos por completo
e vejo-lhe um espelho uma igual
com quem de olhos cerrados sempre vou
Fazemos juntos um par mais seleto
ninfas e faunos de outro carnaval
é minha por inteiro tal lhe sou
sua boca velada e o seu suspiro
são as respostas que quero pra mim
minha doce miragem que prefiro
não, não conto os segundo para o fim
mas você bem que sabe que sou Sátiro
e não apenas um sonho que não-ruim
pois com o que lhe curo também firo.
Marcados, unos, nossos por completo
e vejo-lhe um espelho uma igual
com quem de olhos cerrados sempre vou
Fazemos juntos um par mais seleto
ninfas e faunos de outro carnaval
é minha por inteiro tal lhe sou
Coroa de Sonetos de Amor - XI
é minha por inteiro tal lhe sou
e desde que meus lábios lhe provou
jamais esqueci dessa tecitura
tão faminta que agora me tortura
a sua pele é de quando deus errou
tecendo-lhe asas de anjo em pleno vôo
zelando por seu corpo com doçura
e me atiçando minha mente impura
Lhe farei dos meus reinos a princesa
terá tudo que sonha apenas peça
meu banquete de farta e bela mesa
e a felicidade mais que uma promessa
ao seu lado é, acredite, certeza
não quero que se assuste nem esqueça
e desde que meus lábios lhe provou
jamais esqueci dessa tecitura
tão faminta que agora me tortura
a sua pele é de quando deus errou
tecendo-lhe asas de anjo em pleno vôo
zelando por seu corpo com doçura
e me atiçando minha mente impura
Lhe farei dos meus reinos a princesa
terá tudo que sonha apenas peça
meu banquete de farta e bela mesa
e a felicidade mais que uma promessa
ao seu lado é, acredite, certeza
não quero que se assuste nem esqueça
Coroa de Sonetos de Amor - XII
Não quero que se assuste nem esqueça
pois com meus gesto cheios de rudeza
eu quero lhe dizer que minha pressa
é o tanto que minh'alma lhe deseja
Antes que nessa mente os medos teça
sente e beba comigo um vinho à mesa
sinta o sabor do aroma nessa taça
pois cada gota é toda uma represa
Você é meu vinho mais inebriante
sabor macio, toque suave de carvalho
uma delícia de não ter mais fim
Mais uma taça e um brinde de amantes
nesse amor só lhe quero sem atalho
quero que saiba bem, tal é pra mim
pois com meus gesto cheios de rudeza
eu quero lhe dizer que minha pressa
é o tanto que minh'alma lhe deseja
Antes que nessa mente os medos teça
sente e beba comigo um vinho à mesa
sinta o sabor do aroma nessa taça
pois cada gota é toda uma represa
Você é meu vinho mais inebriante
sabor macio, toque suave de carvalho
uma delícia de não ter mais fim
Mais uma taça e um brinde de amantes
nesse amor só lhe quero sem atalho
quero que saiba bem, tal é pra mim
Coroa de Sonetos de Amor - XIII
quero que saiba bem, tal é pra mim
só quero lhe comer. Mais? não tô afim
não podemos pular todo esse flerte
e vir logo pagar-me esse boquete?
não, não que eu seja uma pessoa ruim
mas mulher bonita trato assim
se ela não sabe nem pintar o sete
e na cama só paga de vedete
você se faz de burra como uma porta
e espera que eu me dê todo o trabalho
de desvendar o que já não mostrou?
Não se faça de tonta esteve torta
desde o começo fora do baralho
moça bonita, nunca alguém lhe amou....
só quero lhe comer. Mais? não tô afim
não podemos pular todo esse flerte
e vir logo pagar-me esse boquete?
não, não que eu seja uma pessoa ruim
mas mulher bonita trato assim
se ela não sabe nem pintar o sete
e na cama só paga de vedete
você se faz de burra como uma porta
e espera que eu me dê todo o trabalho
de desvendar o que já não mostrou?
Não se faça de tonta esteve torta
desde o começo fora do baralho
moça bonita, nunca alguém lhe amou....
Coroa de Sonetos de Amor - XIV
Moça bonita nunca alguém lhe amou
do tamanho do espaço sideral
Mas digo bem sincero que beijou
meus lábios despertou um sem igual
Moça bonita veja bem como sou
as minhas asas são do carnaval
passado e minha auréola vazou
não passo duma nota de três real
Sou malandro nadinha de perfeito
lhe compro flor na banca duma praça
se meu atraso for mais que um horror
Lhe falo sou sincero desse jeito
não me xingue, nem ligue pra essas graças
Moça bonita me faz seu amor
do tamanho do espaço sideral
Mas digo bem sincero que beijou
meus lábios despertou um sem igual
Moça bonita veja bem como sou
as minhas asas são do carnaval
passado e minha auréola vazou
não passo duma nota de três real
Sou malandro nadinha de perfeito
lhe compro flor na banca duma praça
se meu atraso for mais que um horror
Lhe falo sou sincero desse jeito
não me xingue, nem ligue pra essas graças
Moça bonita me faz seu amor
Coroa de Sonetos de Amor - XV
Moça bonita me faz seu amor
sabendo onde estão sem sequer lhes ver
nesses sonhos que são da nossa cor
o que nunca jamais vamos perder
Eternidades são de um só calor
de sua face na minha padecer
quero seu beijo com fogo e fulgor
tão forte que me faz quase morrer
Linda não fale só faça a promessa
não, não diga mais nada só o seu sim
é minha por inteiro tal lhe sou
Não quero que se assuste nem esqueça
quero que saiba bem que como a mim
Moça bonita, nunca alguém lhe amou
sabendo onde estão sem sequer lhes ver
nesses sonhos que são da nossa cor
o que nunca jamais vamos perder
Eternidades são de um só calor
de sua face na minha padecer
quero seu beijo com fogo e fulgor
tão forte que me faz quase morrer
Linda não fale só faça a promessa
não, não diga mais nada só o seu sim
é minha por inteiro tal lhe sou
Não quero que se assuste nem esqueça
quero que saiba bem que como a mim
Moça bonita, nunca alguém lhe amou
domingo, 10 de março de 2013
Poeta
Poeta de bolsa bermuda e camiseta
um poeta tropical de férias do mundo
no trem lhe faz feliz o riso e a careta
do leitor que se espanta no seu verso imundo
Verso alexandrino poesia barata
mesmo no calor do rio seu metro é fecundo
E o livreto de preço livre a fome mata
Podendo esse poeta viver vagabundo
Ele faz com os coelhos que nas suas tocas
dormem saindo só se a lua no Rio de Janeiro
surge no céu e nos trilhos o ritmo toca
As sandálias gastas do poeta mineiro
contam de seu calor nas terras cariocas
"usar sapatos não dá nesse braseiro!"
um poeta tropical de férias do mundo
no trem lhe faz feliz o riso e a careta
do leitor que se espanta no seu verso imundo
Verso alexandrino poesia barata
mesmo no calor do rio seu metro é fecundo
E o livreto de preço livre a fome mata
Podendo esse poeta viver vagabundo
Ele faz com os coelhos que nas suas tocas
dormem saindo só se a lua no Rio de Janeiro
surge no céu e nos trilhos o ritmo toca
As sandálias gastas do poeta mineiro
contam de seu calor nas terras cariocas
"usar sapatos não dá nesse braseiro!"
quinta-feira, 7 de março de 2013
SD
Tenta tenta escrever filho da puta
que cê tá doido doido demais
roda roda mas não chama o seu juca
cê sabe, isso é o que o brigadeiro faz
Doido, maluco beleza e batuta
só pelo poder de Jah me veio a paz
Tudo doce sem gosto de cicuta
e a moça do chapéu beija o rapaz
toca, toca mas não chama o raul
to louco, to na trava, bateu o sino
esse veio de Saquarema do Sul
todo excesso nos leva pro divino
Dionisio é melhor que Belzebú
sou ele na sua sede de vinho
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
Vida
Vermes, em vossos ventres, vis vicejam
vão vagando famintos, verminosos
Vermes, em vossas veias, refestelam
virulências e vícios vultuosos
Vermes, que vos vomitam, vaticinam
vossa vontade vã e vossos vãos viços
virulentos, vazios, velhos que vingam
vagos vilões vilmente vos vividos
Venham ver, não vão passar d'uma aurora
vaga e vazia as vossas vastas vidas
num universo feito do inverso
Venham ver, vão passar num ir embora
voláteis visões das pessoas queridas
vagando voltando em prosa o verso
domingo, 6 de janeiro de 2013
Ela
Vazio, medo, desamparo sem par
entre cacos das louças, panos, pratos...
tateia procurando o próprio lar
seguro e sadio do porta-retratos
Vela não encontra mas já sem ar
segura a lâmina tal amuleto
jeito perfeito de presentear
a sua dor com amargo sofrimento
Vaga, sozinha, perdida e estranha
seus olhos são um caudaloso rio
e queima frio seu coração e entranha
Vai segurando a faca pelo fio
morde sozinha uma raiva tamanha
que machuca seu lábio tão macio
sexta-feira, 28 de outubro de 2011
O homem de preto disse não a poesia
Lucas C. Lisboa
Nos trilhos do metrô Eu fui barrado
disseram-me: poesia não tem vez
sem um certo papel protocolado
vai embora poeta d'uma vez!
Sim, eu assino sou muito culpado
de não aceitar a insensatez
de ver o verso meu ser censurado
por ganância de pura estupidez
Eu só lhe digo: Ei seu segurança
porque estraga a leitura dos viajantes
que liam-me com sorrisos em seus rosto?
Sei que só querem que eu siga sua dança
de querer coisas bem desimportantes
sem magia, sem lirismo, só desgosto!
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Flerte sobre trilhos
Lucas C. Lisboa
Com o doce balanço do vagão
Ela morde seus lábios bem no canto
e conforme lhe sobe seu tesão
relê o poema cheio de tanto encanto
Ele se fez poeta em procissão
que evangeliza como fosse santo
e tem a poesia e a desrazão
as duas únicas deusas de seu canto
ela moça de saia justa e curta
que curte os versos dele com corpo
tendo sua alma cativa e bem absorta
sua silueta no reflexo torto
da janela ele admira e arquiteta
para dela fazer seu cais e porto
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
A praia vermelha
Lucas C. Lisboa
A garrafa de vidro na parede
se espatifa já seca, vil, vazia,
incapaz de matar a minha sede
em mil cacos da mia melancolia
O desengarrafado cão me pede
um gole de poesia mais vadia
meu verso descuidado logo perde
sua postura na pinga que me ardia
O peito e também nos tantos cortes
em minhas mãos rosadas de meu sangue
pras bitucas meu maço virou tumba
Me sorriem as lixeiras e seus postes
com um cheiro de maresia e mangue
e lhes brindo o champanhe de macumba
A garrafa de vidro na parede
se espatifa já seca, vil, vazia,
incapaz de matar a minha sede
em mil cacos da mia melancolia
O desengarrafado cão me pede
um gole de poesia mais vadia
meu verso descuidado logo perde
sua postura na pinga que me ardia
O peito e também nos tantos cortes
em minhas mãos rosadas de meu sangue
pras bitucas meu maço virou tumba
Me sorriem as lixeiras e seus postes
com um cheiro de maresia e mangue
e lhes brindo o champanhe de macumba
Soneto em homenagem ao meu querido Augusto dos Anjos escrevo à sua maneira e temática um poema em decassílabos heróicos. Ele foi o primeiro poeta que me seduziu , que me fez ver a beleza da forma, sua temática já foi bem comum em minhas obras, hoje volta como um exercício de estilo. De um fazer poético onde todos os temas são lícitos e belos. Sou hoje um oficineiro que não rejeita nenhum material para seu esmeril poético.
quinta-feira, 14 de julho de 2011
Aos leitores adormecidos nos trilhos
Lucas C. Lisboa
Dentro do vagão seguem assentadas
umas dezenas de almas entediadas
Eu, poeta, resgato tais leitores
com meus versos de riso humor e amores
Eu deixo novamente se encantadas
com as letras de minhas mil rimadas
e são pessoas que esquecem das suas dores
com poemas de tantas belas cores
Vejo a imaginação viajar de quem
não lia nada que não fosse colégio
ou faculdade que mandasse ler
Se me pagam com cobre ou vintém
digo que muito mais me vale o régio
prazer duma leitura reacender
Dentro do vagão seguem assentadas
umas dezenas de almas entediadas
Eu, poeta, resgato tais leitores
com meus versos de riso humor e amores
Eu deixo novamente se encantadas
com as letras de minhas mil rimadas
e são pessoas que esquecem das suas dores
com poemas de tantas belas cores
Vejo a imaginação viajar de quem
não lia nada que não fosse colégio
ou faculdade que mandasse ler
Se me pagam com cobre ou vintém
digo que muito mais me vale o régio
prazer duma leitura reacender
sexta-feira, 22 de abril de 2011
Minhas nuvens egoístas
Lucas C. Lisboa
Um único cigarro, por leves tragadas
ato solitário do mais puro prazer
atiça a mente fazendo-me esquecer
e talvez até melhor que mulheres pagas
Ao passo d'umas felicidades sagradas
da fumaça, dos pulmões apenas lazer
causando o singelo poder d'um melhor ser
baforadas e velhas pontas apagadas
Roupas que dançam e desfilam do armário
as nuvens negras causam um gozo pequeno
alguns apenas tratam como um reles vilão..
Não hoje, ao meu caro leito solitário
rabisco displicente sob sonhos pequenos
como o tocar sôfrego de gélidas mãos...
Um único cigarro, por leves tragadas
ato solitário do mais puro prazer
atiça a mente fazendo-me esquecer
e talvez até melhor que mulheres pagas
Ao passo d'umas felicidades sagradas
da fumaça, dos pulmões apenas lazer
causando o singelo poder d'um melhor ser
baforadas e velhas pontas apagadas
Roupas que dançam e desfilam do armário
as nuvens negras causam um gozo pequeno
alguns apenas tratam como um reles vilão..
Não hoje, ao meu caro leito solitário
rabisco displicente sob sonhos pequenos
como o tocar sôfrego de gélidas mãos...
quinta-feira, 3 de março de 2011
Meu rancor
Lucas C. Lisboa
Meu rancor é tanto frio e quanto cálido
Amargo tal um beijo calculado
e doce como uma trufa roubada
Nem riso ou tristeza acalentada
Pouco importa qual seja meu estado
já nem pensar em certo ou errado
Não duvido da pedra atirada
pois sei que minh'alma está acorrentada
Insônia não é mal em companhia
Quando esta de modo algum lhe trai
e não traz consigo nenhuma cobrança
Insônia não é mal em solidão.
Quando ficar calado nada atrai
ou da madrugada provoca mudança
Meu rancor é tanto frio e quanto cálido
Amargo tal um beijo calculado
e doce como uma trufa roubada
Nem riso ou tristeza acalentada
Pouco importa qual seja meu estado
já nem pensar em certo ou errado
Não duvido da pedra atirada
pois sei que minh'alma está acorrentada
Insônia não é mal em companhia
Quando esta de modo algum lhe trai
e não traz consigo nenhuma cobrança
Insônia não é mal em solidão.
Quando ficar calado nada atrai
ou da madrugada provoca mudança
A minha vaidade como Poeta
Lucas C. Lisboa
Pedir desculpas por minha existência?
uma bela tragi-comicidade!
até, quem sabe, sinal de demência!
do artista da mais pura vaidade...
Meus versos desconhecem inocência,
cheios de ironia e de verdade.
Minhas palavras exalam dolência,
brindo toda sorte de qualidade!
Gosto de estranho ser em qualquer meio...
Arte em frases é matéria que esculpo!
e erros meus ou de outrem não desculpo.
Pouco importa qualquer desejo alheio.
eu por prazer, dos verbos feios abuso!
pois, para mim, torno belos ao uso!
Pedir desculpas por minha existência?
uma bela tragi-comicidade!
até, quem sabe, sinal de demência!
do artista da mais pura vaidade...
Meus versos desconhecem inocência,
cheios de ironia e de verdade.
Minhas palavras exalam dolência,
brindo toda sorte de qualidade!
Gosto de estranho ser em qualquer meio...
Arte em frases é matéria que esculpo!
e erros meus ou de outrem não desculpo.
Pouco importa qualquer desejo alheio.
eu por prazer, dos verbos feios abuso!
pois, para mim, torno belos ao uso!
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Gozo
Lucas C. Lisboa
Quando o seu corpo faz junto ao meu
um ângulo perfeitamente reto
Chegando assim num ápice tão seu
de um céu longuinquamente mais que perto
O paraíso faz meu lado ateu
acreditar que sou eu o divino
quando ela já foi e perdeu
a lucidez em puro desatino
Veja, de tantos passos só um destino
O que começa com um simples beijo
se termina secreto sob o sino
Eu lhe tomo nas mãos bem mais que certo
de que é da minha posse o vil desejo
consumando o senil e gerando o feto
Quando o seu corpo faz junto ao meu
um ângulo perfeitamente reto
Chegando assim num ápice tão seu
de um céu longuinquamente mais que perto
O paraíso faz meu lado ateu
acreditar que sou eu o divino
quando ela já foi e perdeu
a lucidez em puro desatino
Veja, de tantos passos só um destino
O que começa com um simples beijo
se termina secreto sob o sino
Eu lhe tomo nas mãos bem mais que certo
de que é da minha posse o vil desejo
consumando o senil e gerando o feto
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
A cicatriz do Palhaço
Lucas / Ataualpa
A Dor é um aviso que nos diz
ao sofrer pele adentro forte talho
enrijecerá ali uma Cicatriz
deixando espaço para sempre falho
Porém, depois de tudo que ja fiz
não posso dar às dores qualquer ralho
sem posar de mal paga meretriz
que fora descartada do baralho
Minhas malgradas dores são terrenas
as marcas ferem muito mais meu ego
sou puro santo tal arqueiro cego
Nesse reino de mentiras pequenas
vero é que meu riso esconde o medo
que tenho de ser velho ainda cedo
A Dor é um aviso que nos diz
ao sofrer pele adentro forte talho
enrijecerá ali uma Cicatriz
deixando espaço para sempre falho
Porém, depois de tudo que ja fiz
não posso dar às dores qualquer ralho
sem posar de mal paga meretriz
que fora descartada do baralho
Minhas malgradas dores são terrenas
as marcas ferem muito mais meu ego
sou puro santo tal arqueiro cego
Nesse reino de mentiras pequenas
vero é que meu riso esconde o medo
que tenho de ser velho ainda cedo
Subscrever:
Mensagens (Atom)