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Poeta e apenas poeta

Já me olharam espantados quando digo que sou poeta e só poeta. Que não canto, nem danço, nem atuo, nem pinto, nem bordo, que "só" ...

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sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Haicai de Primavera

Lucas C. Lisboa

Nesta primavera
é hora de vestir as cores
de todas as flores

domingo, 17 de outubro de 2010

à Lua

Lucas C. Lisboa

Eu quero saber
do material que é feito
seu doce prazer

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Haicai de outono

Lucas C. Lisboa

pelas cores pardas
do outono manso que chega
desnudam as árvores

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Canalha

Lucas C. Lisboa

Sorria e me beije
as suas lágrimas são belas
mas seus lábios mais

Apenas deseje
d'um jeito mais do que aquelas
putas do meu cais

terça-feira, 13 de julho de 2010

Haicai de julho

Lucas C. Lisboa

faz frio na montanha
e uma flor de primavera
ao cume se estranha

sábado, 19 de junho de 2010

Outonal

Lucas C. Lisboa

riso de verão
não faz uma primavera
no peito de inverno

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Pela manhã

Lucas C. Lisboa


o que cura culpa
da moça nova que sangra
em sua primavera?

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Primavera

Lucas C. Lisboa


Docuras do mel
da amada trazem abelhas
colorindo a casa




sexta-feira, 9 de abril de 2010

Se faz penumbra

Lucas C. Lisboa

e a vela se apaga
envergonhada pelo
flerte dos amantes

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Névoa

Cidade vazia
Amantes amargurados
que nada sacia

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Nossa primavera

Lucas C. Lisboa

O que Eu lhe peço
sabes muitissimo bem
para lhe dizer

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Instantes

Lucas C. Lisboa


dois pares de calças
atracam-se vorazmente
num xadrez chuvoso

duas xícaras sem alça
bebem o café fervente
num dia nebuloso

o par numa valsa
danca deliciosamente
no terceiro, o gozo

o casal abraça
o rijo pau reluzente
num labiar fogoso
 

quinta-feira, 14 de maio de 2009

I kant

fundamentação
no fundo, lamentação
de verdade ou não

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Biga

Minha biga tem
Dois cavalos bem distintos
um forte outro fraco

Lago III

À beira do lago
ele sorri amargurado
fintando sua musa

Lago II

afunda no lago
o coração arrancado
pela mão amada

Lago I

Inata transparencia
do grande lago sagrado
turva-se vermelho

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Espelhos

Lucas C. Lisboa

Vinte e dois anos
E nenhum entre mil poemas
me diz mais quem sou

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Momento

Lucas C. Lisboa

seus olhos fechados
e seus lábios entreabertos
a espera do beijo

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Oportunismo

Lucas C. Lisboa

quando na sarjeta
se confunda com mendigo
e ganhe a gorjeta