Vem o capeta e atiça
uma Rede na varanda
Para dizer que quem manda
nessa porra é a preguiça
Publicação em destaque
Poeta e apenas poeta
Já me olharam espantados quando digo que sou poeta e só poeta. Que não canto, nem danço, nem atuo, nem pinto, nem bordo, que "só" ...
quinta-feira, 2 de abril de 2015
quarta-feira, 1 de abril de 2015
Com quantas becas se faz um poema?
Leve você em qualquer laje
versos sem assinatura
dum nome de d'douro traje
que apenas será loucura
Bote num museu de mármore
um penico na moldura
que cada macaco na árvore
em coro dirá:" arte pura"
Vai tenta arrisca petisca
de banquete a quem tem gula
faz sua arte visceral
Tome cuidado caro artista
que arte não cai bem com bula
e nem vem com manual
sexta-feira, 27 de março de 2015
Podorastia di versos
bem no pé do verso
sibila uma língua
que lânguida lambe
o metro e sua tônica
Em saliva imerso
o lábio à míngua
deixa que se game
na orgia polifônica
segunda-feira, 16 de março de 2015
Bom mocinho
Baixinha de peitos grandes
dona dum bumbum durinho
Rebola assim aos galopes
que engole meu pau todinho
Me chupa do talo à glande
com fome e com carinho
Num tesão rude que range
quando lhe dedo o rabinho
Pulsa e repulsa meu sangue
deixando meu pau durinho
Minha saliva vai longe
melando seu anelzinho
São meus dedos que lhe expande
aos poucos seu buraquinho
Até que se torne grande
pra que eu entre de mansinho
Seu doce gemido me unge
no papel de malvadinho
Que com vigor lhe inflige
um gozo pelo cuzinho
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015
Filosofices
Não sou Pedro
Não sou pedra
A minha lavra
De mil palavras
É de poesia
Na minha igreja
Não tem pecado
Não tem culpa
E muito menos
A tal sacristia
Não sou senhor
Não sou escravo
Todos dias travo
Um doce trago
De melancolia
No meu terreiro
Na minha terra
Certo é quem erra
Quem de tão torto
Acerta a alegria
Capitão do mato século XXI
Um negro vestindo preto
faz papel de autoridade
à mando dum branco que
traja terno e faculdade
quarta-feira, 14 de janeiro de 2015
SE ESSA RUA FOSSE MINHA
Se essa rua fosse minha
Eu mandava
Eu mandava já plantar
Muita árvore
Muita árvore sombreante
Para o meu
Para o meu calor passar
Nessa rua tá tão quente
Que se frita
Que se frita ovo no chão
Dentro dela
Dentro dela mora um sol
Que roubou
Que roubou meu tesão
Se eu roubei teu tesão
Tu roubaste
Tu roubaste o meu também
Se eu roubei
Se eu roubei teu tesão
É porque
É porque te quero sem
quinta-feira, 8 de janeiro de 2015
Madame Baderna
Me despetala em trapos, fitas, pétalas
de bem e mal me quer que mais me quer
que desdenha, destrata, mas me quer
como porta-bandeiras e abre-alas
Pois Eu me apego e até pago pra ver
dentro do porta-luvas levo as mágoas
e encho com alegria o porta-malas
sou da escola do samba e bem querer
Eu, Madame Baderna com prazer
tomo da tina e latrina de restos
essas babas e beijos dos amores
Eu sou essa Arlequina com as cores
que não se cabem nos pincéis modestos
desses caras sem cara pra bater
quarta-feira, 7 de janeiro de 2015
NO FIM DO CORREDOR
tinha um banheiro
no fim do corredor tinha um banheiro.
na vida de minhas calças tão respingadas
Nunca me esquecerei que no fim do corredor
tinha um banheiro
tinha um banheiro no fim do corredor
no fim do corredor tinha um banheiro.
sexta-feira, 12 de dezembro de 2014
quarta-feira, 3 de dezembro de 2014
sexta-feira, 21 de novembro de 2014
quinta-feira, 13 de novembro de 2014
Salada Etílico-Poética
não seu Olavo, num é chacota não
é verso sáfico de metro dado
aos meus poetas sem rima e solução
Eu conto sílabas num dedo a dedo
nesta veloz prestidigitação
que engana versos bem mal remendados
sendo meu velho truque de salão
Dez sílabas safadas que dos Anjos,
com maestria de quem Espanca sem
nos causar marcas, causou mais que medo
Dez sílabas heroicas são arranjos
pra Cisne Negro e Passarinho dizerem
a pior das verdades e um segredo.