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Lucas de Castro Lisboa, que adotou o nome artístico de Castro Lisboa e a persona pública de "poeta sobre trilhos", é um poeta, edi...

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sexta-feira, 25 de julho de 2025

TEA ou chá?

O que eu escuto 
ninguém mais vê 
digo um absurdo 
sou uma tevê
velha de tubo
que a sintonia
rosa é ruído
e latonia

Sou cara e soco 
não sei dizer 
em hiperfoco
ninguém me crê
um anjo azul
velho demais
meu norte é sul
de poucos ais

Fácil me cego
se pisca o led
no meu escuro
e a noite perde
meu sono e tato
num só lençol
sou eu retrato
em si bemol

O espectro ronda
meu dia após 
o frio e a onda
de calor pois
não me regulo
como convém
ou mesmo engulo
o trilho ou trem

terça-feira, 27 de maio de 2025

Ocaso

Eu ainda me fio
na boca calada
Eu me choro e rio
num lago salgado
me perco na estrada 
e com sede me ardo
capricho no horror
por onde me for

Eu prefiro o frio
desta madrugada
Eu vou bater macio
no peito gelado
que sem saber guarda
este mal amado
e triste rancor 
regado tal flor

Eu broto no estio
da seca queimada
Eu vento vadio 
o próprio pecado
e canto a cilada
do torto e errado
sem canto de amor
vendo o sol se pôr 

segunda-feira, 5 de junho de 2023

Composição

O poema deita-se 
e sobre ele a música
cavalga no pelo
e lhe faz piano
no toque uma nota
da pele macia
perfeito contralto 
língua e palato

A música cavalga
sobre o poema
geme ele barítono
arfa ela soprano
que quebra o verso
parte a partitura
sem qualquer pudor 
candura ou clave

Música e Poema
metonímia a dois
bemol sustenido
que bota no ritmo 
de quatro o compasso
alitera o si
escande seu sol
e ressoa sua rima

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Oitava do Regojizo

Gorgogeando galante
a grande glande de Glad
se degladia co'a garganta
gulosa da gorda Glória
se golfando nos galopes
da grande glande de Glad
que ginga gostosamente
e goza grosso e gostoso

domingo, 11 de outubro de 2015

Oitava do Verso da Moeda

Antes pedido nas bolsas
de tão sorridentes moças
Antes esquecido nos bolsos
de tão sonhadores moços
O metal, enfileirado,
bem contado e recontado
Guarda verdade secreta:
pois paga o pão do poeta.