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Veneno antigo
Esse frasco de cicuta
são as promessas que fiz
pra mim mesmo sem saber
que matariam devagar
meu eu, meu sonho e sentido
pouco bem pouco por vez
Não sei se sei dizer quantas
promessas ainda carrego
por zelo como amuletos.
Quebro com carinho,
dos cacos faço um mosaico
pra luz entrar sem perigo
Não sei dizer porquê ainda honro
e prossigo na vingança
silenciosa contra meu passado
Quebro, enfim, a caixa preta
e hasteio bandeira branca
pra mim pois não há inimigos
Eu sei bem daquelas tantas,
que jurei só com meu pranto,
por dores hoje esquecidas
Quebro em silêncio e grito
o que me prende ou afasta
do meu sonho e meu sentido
Dos crimes sem ser culpado
carrego essas juras cúmplice
e penitente as mantenho
Quebro essas minhas correntes
Com o formão e o martelo
pra esculpir a liberdade