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Poeta e apenas poeta

Já me olharam espantados quando digo que sou poeta e só poeta. Que não canto, nem danço, nem atuo, nem pinto, nem bordo, que "só" ...

domingo, 27 de abril de 2008

Alegria

Lucas C. Lisboa

Bom dia luz do dia!
Bom dia raio de sol!
Boníssimo dia...
minha cara mia!

Está assim feliz?
Não, é só lirismo.

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Menino mau

Lucas C. Lisboa

Se metade disso fosse verdade...
e largue mão dessa porca vaidade!
Já que você não passa d'um cordeiro,
fingindo ser um ouriço-cacheiro!

Vista suas calças já chegou a idade...
não é nem capaz da menor maldade!
Tema vilania d'um cão perdigueiro,
que depois da sova volta cabreiro!

Sua mordida mais forte é só carinho...
tem na sua boca veneno inocente,
que nem sabe como acertar um bom bote!

Agora vá brincar com seu carrinho...
e deixe para quem sabe realmente,
usar uma lingua como chicote!

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Sonetilho


Lucas C. Lisboa

Quando o sol nascer do norte
e ninguém temer a morte...
Brindaremos às estrelas,
sem o medo de perdê-las!

O veneno fará forte,
no prazer de cada corte!
pintadas nas aquarelas,
feiúras tornadas belas...

serão sanhas revividas
pruma talentosa gralha
que compõe canções queridas!

São roseiras na muralha
de carnes apodrecidas!
(ou qualquer coisa que valha)

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Fétidas Flores

Lucas C. Lisboa

Não são flores d'alma que presto:
são de sangue e carne, eu atesto.
Fazendo dos teus olhos vítimas,
das perversões minhas mais intimas!

Eu vomito verso indigesto,
o pior do lixo e do resto...
a seco engolido co'as lágrimas,
secreções, loucuras e lástimas!

Leitor pois não me leia incauto;
lhe pegarei em sobressalto...
em seu misto d'asco e desejo!

Sei q'estas palavras imundas,
atiçam vontades profundas...
que dentro de ti antevejo!