![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqfe3jM2iw19z_YdnR8yELATgERvmF7a2DjKAJPk96uiV-Q3TzcsUeUyEVshpkl7jfANCiuooOIK72AscaJAt0D6mxlQtbcLi4qFtCWunXpinh9r6ajwxewD6NuLl61n9puRItFQ/s320/galateia.jpg)
O velho inventor fascinou-se com aquele humano que se fazia de estátua, ninguém percebia quando levemente respirava. Um olhar mais atento até veria, de relance, o seu sorrateiro piscar de olhos.
Num estalo lhe viera a inspiração, e meses à fio trabalhou em seu mais novo projeto. Moldando-o à imagem e semelhança do homem. Tinha olhos verdes, uma leve barba por fazer, traços suaves e cabelos cacheados. Sua voz era aveludada como o melhor narrador de histórias infantis. Andava com graça e leveza.
Mas seu verdadeiro propósito era ali ficar como uma estátua, deixando de quando em quando parecer que respirava e piscar os olhos quando ninguém mais estivesse vendo. O velho passava oras à fio admirando o seu próprio homem-estátua.