meninos não choram
homens não reclamam
e eu que tanto amo
que choro e tramo
um plano qualquer
de meter a colher
na sopa e na mosca
no mel e na bosta
eu acerto o errado
e tenho marcado
compasso no peito
de maior suspeito
que recusa um cais
que canta seus ais
que grita de dor
sem dono ou senhor
eu largo no estreito
recuso e aceito
e tudo confesso
entre quadra e verso
sou novena e cio
sou seta e desvio
visto pela fresta
sou roto e poeta