O impontual amor atrasou do metrô
eis que esquecida numa estação tão deserta
sozinha caminhou no meio da calçada
ela evitou em vão a cilada da grade
do beco e do portão, ela só não contava
com um vulto gentil, e seu vulgo? Marcelo.
Muito trabalhador disse que era ele sim
só queria companhia pra caminhada e mais nada
mas na primeira esquina uma bike vigiava
sem nada falar ou dizer dos passos deles
uma motocicleta apareceu depois e disse
somente o nome dele e com tom de deboche!
Medo, moto e motor rugiam circulares
muito olho e sem visão eram mal encarados
e procuravam por ele por ter beijado
a boca, cuja dona era do dono da
boca dessa estação de metrô, cujo amor
dela não foi buscar a tempo. Que cilada!
O vulgo protegido estava junto dela,
mas ela anjo da guarda ou mesmo guarda-costas?
não, não queria a Cris, ou melhor: "Cristiane,
não te conheço não! Não tô contigo não!"
ele com as mãos na dela assim disse: "Não deixa
eu cá só, pois senão eles me matam mesmo!"
Muita moto e motor não dá mais pra fingir
muito menos fugir ou mesmo (só)correr
sai ela fina e fica o Marcelo sozinho
sem rumo corre pro lado oposto de casa
noutra esquina com Cris bem esbaforida
o amor de carro embica e Cris dali se pica
Chorava e balbuciava ela aquele seu nome
"O Marcelo, Marcelo" e quis o namorado
matar o tal rapaz, mas já tinha uma fila...
Que fim se deu Marcelo alguém será que sabe?
Cris nada sabe ou quer saber, também não quer
que o vulgo seu pé puxe assim de madrugada!
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