Eu, Branco prum Brasileiro
e Preto prum Europeu
Ascendo socialmente
com um par de verdes lentes
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Poeta e apenas poeta
Já me olharam espantados quando digo que sou poeta e só poeta. Que não canto, nem danço, nem atuo, nem pinto, nem bordo, que "só" ...
quarta-feira, 23 de setembro de 2015
quinta-feira, 17 de setembro de 2015
sexta-feira, 11 de setembro de 2015
terça-feira, 8 de setembro de 2015
domingo, 6 de setembro de 2015
Libertino
pelo que quero muito tanto ou talvez
Eu me faço e desfaço num doce delírio
pelo que trago, bebo e tomo duma vez
Eu que me corto, sangro mas também lhe firo
numa inocência pura vista nos bebês
mostro os dentes caninos dum velho vampiro
lhe rompendo pudores por toda sua tez
muito prazer sou seu satânico desejo
seu sexo mais ardente que todos pecados
de Sodoma, Gomorra e terras além-mar
Não me tema nem trema diante do meu beijo
sou fome, sou paixão de peito perfumado
pois em sua pouca carne vim para ficar
sábado, 5 de setembro de 2015
Ruazinha
a se por no fim da tarde
Quer ver os guri endiabrado
brincando com bola que arde
Quer ver o homem tão cansado
quando seu Fiat Uno invade
O campinho demarcado
com chinelos e com alarde
Gritam logo "Contra Mão"
A rua é arena da Bola
e o carro maior vilão
O homem desce desenrola
"Tem como passá aqui não"
"Eta vida! Vou embora..."
quinta-feira, 27 de agosto de 2015
terça-feira, 11 de agosto de 2015
Dos moinhos de vento
Eu acho tão engraçado quando poetas contemporâneos exaltam que seus versos não tem métrica ou rima.
Falam de um jeito como se isso fosse uma particularidade, um feito, algo que distinguisse sua poética das demais que o cercam, como se fosse algo muito diferente do que é feito hoje.
Mal percebem que o verso livre já virou arroz de festa, completamente hegemônico e dentro do manual da boa poesia contemporânea.
Meu caro poeta contemporâneo, você pode fazer seus versos livres à vontade, mas, por favor, não acredito que isso seja um feito revolucionário ou digno de ser exaltado.
Essa revolução já aconteceu no início do século passado e o monstro parnasiano que diz hoje combater tem tanto poder quanto os gigantes de Dom Quixote.
quarta-feira, 5 de agosto de 2015
Sou o que sou
Eu não viveria no céu;
Gosto do cheiro da terra,
do suor de gente que erra,
acerta e faz escarceu.
Eu não viveria no céu;
Gosto do cheiro de vida
de cutucar a ferida.
Bolero lambada e créu!
Eu sou do tipo atrevido,
que nunca tá resolvido;
como sujeito normal.
Eu sou o que sou e posso
no que faço, vou e aposto
botando pimenta e sal
quinta-feira, 30 de julho de 2015
Boca Suja
"Pu/ta/ que/ pa/riu/ xe/reca
ti/nha/ á/gua/ ne/ssa/ merda"
Pois é, xingando com métrica
quarta-feira, 29 de julho de 2015
Recontagem
A volta do voto impresso
um baita dum retrocesso!
Quem for ficar de malgrado
Chama o melhor advogado...
sábado, 25 de julho de 2015
quinta-feira, 23 de julho de 2015
quarta-feira, 8 de julho de 2015
Estrela
Esse país cada dia
me da mais orgulho
Estamos pouco a pouco
Limpado todo o entulho
Deixados pelos ridículos
E sanguinários milícos.
Cada dia muito menos
gente passa fome
E mais gente pode ter
O seu sonhado iphone
E temos faculdades instaladas
nas cidades mais afastadas
Pouco em 12 anos
mas muito mais do que em 38
O Brasil volta a crescer
depois de 50 anos parado.
38 estragando e 12 consertando
o malfeito de tanto deputado.
Há uma estrela de esperança
Vermelha como o coração
Se você desistiu de nossas crianças
Eu ainda não.