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Poeta e apenas poeta

Já me olharam espantados quando digo que sou poeta e só poeta. Que não canto, nem danço, nem atuo, nem pinto, nem bordo, que "só" ...

segunda-feira, 25 de maio de 2020

Descontrole

Certa vez uma moça veio em minha casa com uma blusa listrada estávamos morrendo de saudades um do outro, da moça e não da blusa obviamente. Depois de duas garrafas de vinho a blusa se misturou com minhas calças em algum canto do quarto e minhas pernas se misturaram com suas coxas na cama.
Foi uma longa noite que poderia durar uma semana de tão gostosa que estava, mas na manhã seguinte, depois de termos dado uma segunda rodada e tomado café, ela me pergunta: — Tô muito descabelada? — Não até que não está, seu cabelo continua lindo. Eu disse sorrindo, o cabelo dela era incrível continuava perfeito mesmo no dia seguinte. Mas ela parecia contrariada: — Me ajuda a encontrar minha blusa listrada? Procuramos, reviramos, travesseiros, cobertores, tapetes, roupas, toalhas e nada. Nem o menor sinal da blusa listrada. Fomos nos dois derrotados pelos gnomos esconde dores de roupas. E eu emprestei uma camiseta minha de cor amarela que combinava bem com sua pele. Não era como a dela. Mas serviria por enquanto. Ela terminou de se vestir tomou o carro de transporte e foi para sua casa. Chegando a tempo do almoço de família. Voltei para casa, pros meus afazeres sérios de procrastinar meu dia. Até que me dei conta que tinha perdido o controle remoto da televisão e novamente me meti na labuta de revirar o quarto... e não é que nesse momento a blusa listrada ressurge do nada? Estava enroscada junto com as cordas que ela tanto se amarra que eu usei nela. — Achei sua blusa listrada. — Não creio! Como você achou? — Procurando o controle da tv. — Tá foda né! — Vê se você por acaso não vestiu ele ai — Meu Deus!

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