Sr. Personna, o que trazes pra mim?
Diário de bordo do Poeta Sobre Trilhos
Publicação em destaque
Poeta e apenas poeta
Já me olharam espantados quando digo que sou poeta e só poeta. Que não canto, nem danço, nem atuo, nem pinto, nem bordo, que "só" ...
quarta-feira, 30 de abril de 2025
terça-feira, 22 de abril de 2025
A madrugada urge
domingo, 20 de abril de 2025
Livro, memória tangível da humanidade
O que é o livro? O que é este objeto que há séculos permeia o cotidiano dos saberes e memórias da humanidade? Como ele surge, do que é feito e como ele afeta a própria noção de quem e como somos? Não há aqui a pretensão de responder essa e nem outras perguntas que surgirão no decorrer deste ensaio, mas sim passear pela historicidade desse objeto que torna tangível a memória, que grava a fala e seus ditos, congelando-os em seu próprio lugar no tempo e no espaço.
Segundo o escritor argentino Jorge Luis Borges, o livro é um assombroso instrumento criado pelo homem para ser uma extensão de sua memória e de sua imaginação. Seu advento resulta de uma série de invenções humanas voltadas ao desejo de perenizar a memória, a criação e as formas de significar e compreender o mundo. Esse anseio por eternidade é anterior tanto ao livro quanto à escrita. Não por acaso, tantos cantos sagrados como o Gita, a Ilíada, a Odisseia e o Beowulf foram transmitidos originalmente por meio dos versos.
A oralidade, forma primeira da comunicabilidade humana, preservou por séculos as tramas fundadoras dos povos por meio de recursos mnemônicos: a métrica e o ritmo cadenciado asseguravam que toda a cosmogonia de uma cultura fosse retida e transmitida. Antes da escrita, era a alternância marcada de sílabas átonas e tônicas, breves e longas, que sustentava a mnemonia — a memória, em grego. A escrita, inicialmente em tabuletas de barro, madeira ou pedra, depois em rolos de papiro, pergaminho e couro, e finalmente em códices, passou a substituir progressivamente o movimento da oralidade pela fixação da palavra escrita. Seria, pois o livro anterior a própria escrita? E as cadências rítmicas dos versos clássicos uma espécie de primeira forma de registro de um livro ainda que imaterial? Ou é na gênese da escrita, inegavelmente, a origem do próprio livro, afinal sua tangibilidade, materialidade física são condições para sua perfectibilidade?
O livro ocupa um lugar singular entre os inventos do intelecto humano, pois molda a própria noção do ser, sua percepção de si mesmo e do mundo que o cerca. Segundo Vilém Flusser, em A Escrita: há futuro para a escrita?, a escrita não sofre da mutabilidade essencial da oralidade. Por isso, permite que o conceito de história seja fundado: o mito é atualizado a cada vez que é cantado, enquanto o texto, uma vez fixado, narra não apenas um enredo, mas testemunha o tempo em que foi escrito. O livro e a escrita introduzem uma nova percepção temporal: em vez da repetição cíclica dos mitos, instauram a sucessão linear dos acontecimentos. Em seu Soneto 234 Confessional, Glauco Mattoso canta: “Palavra voa, escrito permanece, / garante o adágio vindo do latim. / Escrito é que nem ódio, só envelhece.” O livro, portanto, não possui a vivacidade da voz, mas tem a eternidade como sua maior aliada — e com ela, a capacidade de registrar e atravessar o tempo. Seria essa a razão pela qual o livro é definido por sua tangibilidade? Por sua permanência ao longo do tempo se não de maneira imutável mas de uma maneira cuja sua mutabilidade possa ser percebida? Os concílios católicos que elegeram os livros canônicos são um registro de uma mutabilidade e assim distinta daquela mutabilidade do mito que se altera e alterna com o passar dos cantos de geração em geração sem que sua forma anterior tenha de fato um registro que um dia existiu.
Homero talvez fosse uma singularização dos homeridas, os aedos que, ao longo dos séculos pré-escrita, compuseram e transmitiram seus cantos até que estes fossem fixados com o advento da escrita. Por séculos, a ficção circulou em um regime em que a autoria não era relevante: só com a imprensa é que a identificação dos autores passou a ser exigida, tanto pelos dividendos quanto pela responsabilização dos conteúdos. Até então, apenas os textos dedicados à Verdade — como os sagrados, filosóficos e teológicos — exigiam autoria, pois carregavam a autoridade e o testemunho de quem os escrevia. Com a evolução da imprensa e a revolução técnico-científica, essa relação se inverteu: os textos autorais tornaram-se, em sua maioria, aqueles que os gregos chamariam de mímesis, enquanto os textos voltados à aletheia passaram a ser coletivizados. A academia moderna já não vê a mesma validade em uma única voz: no texto científico, o poder está no respaldo coletivo, na comunidade que atesta e valida o discurso. Entretanto, na contemporaneidade, aparece um novo apagamento da autoria: inteligências artificiais, fake news e a reprodutibilidade técnica tornaram banal a cópia, a mescla e a mixagem de textos e ideias de distintas fontes. A autoria já não é o centro da preocupação — assistimos, talvez, a um retorno à fluidez pré-imprensa. Se no século XX Barthes declarou a morte do autor, no século XXI o próprio conceito de autoria parece estar em perigo.
Estaria a própria tangibilidade do livro também em perigo neste século? O livro, transformado em códigos, transcritos em bytes e projetados em uma tela de LCD é o mesmo livro que era quando escrito em papiros de juta, em pergaminhos de couro ou códices de papel em que o leitor podia percorrer com os dedos, anotar nos cantos ou até rasgar uma página que estava ali no alcance das pontas de seus dedos? Assim como o conceito de autor, a figura do leitor também se transforma ao longo da história. Nos cantos da antiguidade, a leitura era coletiva, oral, performática — e a distinção entre autor e leitor era tênue, quase inexistente. Um povo era, ao mesmo tempo, criador e transmissor de suas narrativas. Na tradição grega, o texto era entoado em público; na Idade Média, passou a ser murmurado, num sussurro entre os lábios. Apenas na modernidade a leitura silenciosa se tornou a norma, marcando o início de uma experiência íntima e individual com o livro.
Clarice Lispector, no conto Felicidade Clandestina, sintetiza essa relação com rara precisão: “Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com seu amante.” A leitura, na contemporaneidade, deixa de ser partilha comunitária e se torna experiência solitária e amorosa, revelando o quanto o livro passou a habitar os domínios mais profundos da subjetividade humana. E um livro, que não pode ser mais tocado como antes na tela de um Kindle, pode garantir que a menina se transforme em mulher como descrita por Clarice? Decerto que o apego às letras digitais será distinto daquele que tocava a tinta sobre o papel e nele podia marcar com sua própria grafia, porém a mutabilidade do livro é capaz de encontrar novas maneiras de se adaptar a relação do leitor e do livro para seu constante e novo momento.
Eis que, nesse jogo temporal, surge o jugo do editor — figura que assume múltiplas formas e funções ao longo da história. Desde aqueles que primeiro fixaram os mitos em linguagem escrita, passando pelos bibliotecários de Alexandria, que uniformizaram versões divergentes de obras, elegendo as que se tornariam definitivas. Mais tarde, os membros dos concílios católicos determinaram, séculos após o surgimento das escrituras, quais livros comporiam a versão canônica da Bíblia, No século XIX, os editores de jornais moldaram a narrativa dos romances folhetinescos, publicando-os em capítulos com vistas à venda da maior tiragem possível. Hoje, o editor se transforma novamente, é uma peça dentro da estrutura do mercado editorial de eventos como a FLIP e as Bienais do Livro, mas também lidando com os desafios impostos pelos algoritmos que governam o fluxo de textos nas redes, com base em critérios tão imperscrutáveis e obscuros quanto aqueles que condenaram como apócrifos tantos textos durante o medievo.
Em uma sociedade ágrafa, as técnicas mnemônicas eram o único meio possível de preservar a memória coletiva. Por isso, eram reservadas às obras fundamentais — os mitos que compunham a identidade e a cosmogonia de cada povo. Nesse contexto, a predominância dos épicos era absoluta: sua forma fixa e poética, estruturada por métrica e ritmo, permitia a preservação de narrativas com centenas de versos. Com o advento da escrita, o dispêndio de recursos para conservar tais obras foi drasticamente reduzido. Já não era necessário treinar aedos por toda uma vida para garantir a sobrevivência dos textos sagrados. Ainda em versos, mas agora libertos da necessidade exclusiva de memorização, começaram a circular também as comédias, as tragédias e a poesia lírica — além, é claro, de toda a produção filosófica de seu tempo.
Com os copistas medievais, a produção e preservação de textos alcançou um novo patamar, permitindo que as cantigas populares — de escárnio, de amigo e de maldizer — também fossem registradas para além da memória oral. Mais tarde, com a evolução das técnicas de impressão, a partir dos rudimentos da xilogravura e de outras formas correlatas, uma nova revolução se instaurou. As técnicas mnemônicas, outrora essenciais, passaram a perder espaço progressivamente. Nesse novo contexto, a prosa começou a se destacar entre as grandes obras nacionais, como é o caso de Dom Quixote, de Miguel de Cervantes.
No auge da Belle Époque, é a evolução das técnicas tipográficas que permite ao outrora sonetista Mallarmé tornar-se precursor e inspiração para diversos movimentos literários, especialmente com sua obra Um lance de dados jamais abolirá o acaso. Se por séculos a poesia ocupou o lugar de gênero maior da literatura, no século XX, com o advento das máquinas offset e da impressão digital, a prosa firma sua hegemonia — um processo que o século anterior já prenunciava. Os movimentos modernistas abraçam o verso livre e sua autonomia em relação às técnicas mnemônicas, numa era marcada pela plena instauração da reprodutibilidade técnica. A popularização de novas tecnologias possibilita o surgimento de movimentos como o Concretismo e o OULIPO, que exploram os limites da linguagem por meio do domínio dos aparatos que a ciência oferece. Já o século XXI se apresenta com uma miríade de formas de fixação da memória: o livro assume formatos digitais, podem ser lidos em tablets, celulares, notebooks, e e-readers. Os textos transitam à velocidade da luz pelas redes de computadores, e os meios de publicação e produção textual tornam-se acessíveis de um modo que nenhum dos autores dos textos sagrados poderia sequer imaginar.
As condições materiais do livro foram determinantes na transformação dos paradigmas que envolvem sua concepção, autoria, edição e recepção. À medida que as técnicas de produção, circulação e preservação da escrita evoluem, alteram-se também os modos de escrita e leitura possíveis. O estilo, a linguagem e mesmo os gêneros literários moldam-se às possibilidades e limitações oferecidas por cada suporte. Compreender a história dessas transformações técnicas é essencial para entender como a linguagem não apenas se adequa, mas se funde às materialidades de sua época, formando com elas um amálgama indissociável entre forma e matéria.
terça-feira, 8 de abril de 2025
Pentágono Mágico de 5⁵ cantos
segunda-feira, 31 de março de 2025
Por seu paladar
domingo, 30 de março de 2025
Quadrado mágico de 4⁴ cantos
sexta-feira, 28 de março de 2025
300ml
terça-feira, 25 de março de 2025
Triângulo magico de 3³ cantos
domingo, 2 de março de 2025
Tragédia bibliotecária
Zelosa, ela vivia entre estantes, prateleiras e fichas catalográficas. Piso em falso ou terremoto? Não se sabe, mas sob livros, fora soterrada, morta e coberta de razão..
domingo, 16 de fevereiro de 2025
Nunca mais café
sexta-feira, 31 de janeiro de 2025
Poetautista
Nestas teclas
Os seus dedos
longos languidos
e angulares
eram todos
delicados
tão suaves
que apagavam
meus pesares
pensamentos
singulares
poética
em seus sons
e meus sonhos
os seus dedos
sobre mim
quarta-feira, 29 de janeiro de 2025
Djeina
quando sinto
não me sento
no banheiro
porque tenho
medo do eco
desta lágrima
nesta chuva
segunda-feira, 20 de janeiro de 2025
quarta-feira, 8 de janeiro de 2025
Sem fingir costume
como quem penteia a memória
o filósofo cata os piolhos
das verdades meias e inteiras
Entre ser monge ou barbeiro
hábito e manto contra pelos
Entre o padre e a prostituta
há seus pedidos de joelhos
A cada deus, a própria prece
que sonha com seu paraíso
profano, divino ou terrestre
cada qual feito por um juízo
O sagrado só o é entre aqueles
que comungam da mesma fé
seus segredos, seus votos, são
pros devotos e nada mais
quarta-feira, 1 de janeiro de 2025
quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
domingo, 22 de dezembro de 2024
sobre a brevidade da vida
sábado, 21 de dezembro de 2024
Defeso, denegado e dissuadido
Da cobertura do arranha-céu, entre cédulas, títulos e debêntures, o CEO, abatido, caiu direto na calçada.
De terno e gravata, causou espanto estatelado no chão. Sirenes, viaturas, cordão de isolamento e fechamento do ano fiscal.
Dispensado o socorro, estava morto e aferido o lucro e o dividendo, afinal, óbito também é alta.
sexta-feira, 20 de dezembro de 2024
terça-feira, 12 de novembro de 2024
sexta-feira, 8 de novembro de 2024
quinta-feira, 7 de novembro de 2024
QUADRILHA MEXICO-SOVIETICA
sexta-feira, 1 de novembro de 2024
quinta-feira, 31 de outubro de 2024
quinta-feira, 24 de outubro de 2024
Veneno antigo
Esse frasco de cicuta
são as promessas que fiz
pra mim mesmo sem saber
que matariam devagar
meu eu, meu sonho e sentido
pouco bem pouco por vez
Não sei se sei dizer quantas
promessas ainda carrego
por zelo como amuletos.
Quebro com carinho,
dos cacos faço um mosaico
pra luz entrar sem perigo
Não sei dizer porquê ainda honro
e prossigo na vingança
silenciosa contra meu passado
Quebro, enfim, a caixa preta
e hasteio bandeira branca
pra mim pois não há inimigos
Eu sei bem daquelas tantas,
que jurei só com meu pranto,
por dores hoje esquecidas
Quebro em silêncio e grito
o que me prende ou afasta
do meu sonho e meu sentido
Dos crimes sem ser culpado
carrego essas juras cúmplice
e penitente as mantenho
Quebro essas minhas correntes
Com o formão e o martelo
pra esculpir a liberdade
terça-feira, 22 de outubro de 2024
Sinto
segunda-feira, 21 de outubro de 2024
Prelúdio
sexta-feira, 18 de outubro de 2024
quinta-feira, 10 de outubro de 2024
quarta-feira, 9 de outubro de 2024
História dos livretos Poeta Sobre Trilhos
domingo, 6 de outubro de 2024
quarta-feira, 2 de outubro de 2024
segunda sem motivo
quarta-feira, 18 de setembro de 2024
O belo como moldura da violência
domingo, 15 de setembro de 2024
Xepa
Sempre fui da xepa da promoção e da pechincha, comprei meu coração na barraca de um e noventa e nove.
Porém meu peito e pulmão, pobres e expropriados, fizeram fiado. Eles penduraram a conta pra minha garganta pagar sob protestos.
Por solidariedade a boca fez greve não queria o novo e vermelho inquilino: piquete montado, dentes trincados...
Mas a mão furou, pelega, não era de esquerda. Furado o piquete o coração caiu na barriga, burguesa, de tão gorda se fez de sonsa e não quis devolver, foi briga das feias, minhas velhas veias tiveram que intervir:
GREVE GERAL e o general da cabeça, prefeito não eleito do meu corpo, entrou em febre, uma convulsão social. Reintegração de posse, biles, vômito e rebordose, mitocôndrias em pânico ouviam a internacional!
Eu feito latifúndio improdutivo, fui numa noite tomado por uma princesa socialista, que encampou meu corpo, pôs meu coração no peito, deu um jeito nos grevistas e botou de regime minha barriga.
E todos, em todas as partes, pedaços, ossos, órgãos, células, culturas bacterianas e tártaros superbacanas puseram abaixo a superestrutura.
Era a revolução e de agora em diante. Todos, todos, teriam o direito Inalienável ao pão, à poesia e, é claro, aos beijos dela.
segunda-feira, 9 de setembro de 2024
domingo, 8 de setembro de 2024
Écfrase Alexandrina
sábado, 31 de agosto de 2024
Coreto liberdade
não fique sozinha,
com essas garrafas,
de vinhos sem safras.
sua linda boca,
que não é só minha,
beija o corpo meu,
que não é só seu.
quinta-feira, 29 de agosto de 2024
Cyberpunk em 5 palavras:
quarta-feira, 28 de agosto de 2024
Vestido azul
domingo, 25 de agosto de 2024
Poeta,
só empilhar
palavras
não se faz
poesia.
sua prosa,
na vertical,
não se vira
um poema
só por isso.
não só leia,
ouça a voz
fale escute
o seu ritmo
verso é som
por favor,
só empilhar
palavras
não se faz
poesia.
quinta-feira, 22 de agosto de 2024
Sci-fi em 5 palavras:
I)
no céu a terra cintilava
II)
pálido ponto azul, nunca mais
III)
Rápido, siga aquele táxi voador!
terça-feira, 6 de agosto de 2024
Dos delírios e deleites
de lírios e copos de leite,
ele, dia a dia, regava,
gentil, os seios da amada
com o seu sêmen e saliva...
quinta-feira, 1 de agosto de 2024
Quarenta e sete segundos
é o ponto exato que eu ia se nisso
eu de fato pudesse crer tranqüilo
sem chance de galhofas ou de risos
Tranço e destranço as cordas do suicídio
como quem reza as contas de seu terço
num vício mui macabro e bem ridículo
e cada nó me vale um pé de verso
Pois não vou me orgulhar de ser ateu
você que tem um deus é mais astuto
co'amigo imaginário pra brincar
O que vai me esperar é qualquer breu
um grão-nada tão calmo, absoluto
que da música não posso reclamar
quarta-feira, 31 de julho de 2024
Prece para ti
De ter cada canto
De ti devastado
Numa fome e espanto
Quero ungir seu rabo
Com meu óleo santo
Pra levar a cabo
Seu orgasmo e pranto
Quero lhe causar
Deliciosas dores
Com prazer imundo
Posta em meu altar
De amarras e flores
Num jardim fecundo
quarta-feira, 24 de julho de 2024
O papel aceita tudo
sexta-feira, 12 de julho de 2024
Poeme-se
Poesia pra ser
cantada e vestida!
de pedras floridas
Poeme-se os trilhos
em lenta corrida
Poema é um nada
lotado de tudo
Poema é piada
de choro profundo
sábado, 6 de julho de 2024
Sete
sábado, 15 de junho de 2024
Virtuosa
sexta-feira, 14 de junho de 2024
Treze estrofes sobre trilhos
sábado, 8 de junho de 2024
Meu Doce
quinta-feira, 6 de junho de 2024
trova horizontina
sexta-feira, 17 de maio de 2024
Vês???
quinta-feira, 16 de maio de 2024
Poeticamente sádico
terça-feira, 7 de maio de 2024
terça-feira, 30 de abril de 2024
Coroa de Sonetos de Amor XV
segunda-feira, 29 de abril de 2024
Coroa de Sonetos de Amor XIV
domingo, 21 de abril de 2024
Coroa de Sonetos de Amor XIII
sábado, 20 de abril de 2024
Coroa de Sonetos de Amor XII
quinta-feira, 11 de abril de 2024
Coroa de Sonetos de Amor XI
quarta-feira, 27 de março de 2024
Coroa de Sonetos de Amor X
[não!] não/ di/ga/ mais [na]da/ só o/ seu [sim!]
terça-feira, 26 de março de 2024
Coroa de Sonetos de Amor IX
segunda-feira, 25 de março de 2024
Coroa de Sonetos de Amor VIII
domingo, 24 de março de 2024
Coroa de Sonetos de Amor VII
sábado, 23 de março de 2024
Coroa de Sonetos de Amor VI
sexta-feira, 22 de março de 2024
Coroa de Sonetos de Amor V
terça-feira, 19 de março de 2024
Coroa de Sonetos de Amor IV
[são] as/ no/ssas/ lem[bran]ças/ que/ guar[damos]
[dos] mo/men/tos/ de [do]ce/ pa/de[cer]
[en]tre os/ len/çóis/ que/ jun/tos/ nos/ a[ma]mos
[lem]bre/ tam/bém/ que [já] fo/mos fo[der]
pra [i]sso/ no/ssos [pais] nós/ en/ga[namos]
dois [jo]vens/ to/da [tar]de /pra/ me[ter]
[e] men/tir/ por/ di[zer]: sim,/ es/tu[damos]
"Me[ni]na tão ci[o]sa" o/ pai/ di[zia]
e [nós] dois/ ex/plo[ran]do /a a/na/to[mia]
de [no]ssos/ cor/pos: [pu]ro/ des/pu[dor!]
la[tim], de/ri/va[ções] das/ ma/te[máticas]
[en]tal/pi/a/ na [fí]si/ca,/ gra[máticas]
e[ter]ni/da/des [são] de um/ só/ ca[lor]