na boca calada
Eu me choro e rio
num lago salgado
me perco na estrada
e com sede me ardo
capricho no horror
por onde me for
Eu prefiro o frio
desta madrugada
Eu vou bater macio
no peito gelado
que sem saber guarda
este mal amado
e triste rancor
regado tal flor
Eu broto no estio
da seca queimada
Eu vento vadio
o próprio pecado
e canto a cilada
do torto e errado
sem canto de amor
vendo o sol se pôr
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