Publicação em destaque

Poeta e apenas poeta

Já me olharam espantados quando digo que sou poeta e só poeta. Que não canto, nem danço, nem atuo, nem pinto, nem bordo, que "só" ...

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Meu brinquedo

Lucas C. Lisboa

Os seios dela são tão delicados...
Que devem ser muito bem maltratados!
Seus gemidos são tão deliciosos...
Que lhe aperto para ouvi-los ardorosos!

Rosto, coxas, dorso... tão bem cuidados,
Que não deixo senão abusados!
Seus lábios, ao felatio, voluptuosos...
Que dou-lhe meus humores mais gostosos!

És minha mais perfeita Bonequinha!
foi feita especialmente para mim:
para meu uso, deleite, abuso e trato.

Oh, mas ela é realmente perfeitinha!
Co'ela em mãos me divirto horas sem fim!
Gozando ambos de maltrato em maltrato...

Detalhes

Lucas C. Lisboa

Prazer de sentir o dedo,
no buraco da meia furada...
Surpresa em ter reparado,
na minha unha mal cortada!

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Poética

Lucas C. Lisboa

Todo dia travo uma luta sem fim;
co'as palavras e o que querem dizer:
pois seja o que elas dizem para mim...
pois seja o que elas dizem pra você!

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Seres tristes

Lucas C.Lisboa

Seres tristes são estranhos
de sofreres tão pequenos
mas também d'outros tamanhos
desejando dias amenos

Tristes seres sem sonhos
tomam em dia seus venenos
seduzem os fáceis ganhos
almas vendidas por menos

Quem são estes tão banais
que choram por uma flor
que sorriem por suas tristezas

São ninguém, nada mais
Estão lá, seja onde for
Sem porquês e sem certezas

domingo, 19 de agosto de 2007

Sistema Integrado de Criação Poética.

Lucas C. Lisboa

Programa 1
Analisa a sintaxe de um texto separando cada palavra segundo sua variável podendo trocar indefinidademente entre elas.

Programa 2
Analisa o resultado do programa um sob o aspecto fonético, ritmico e harmônico de acordo a atingir uma determinada eufonia pré-estabelecida.

Programa 3
Organiza o texto para se encaixar em uma determinada contrução, métrico/poética.

Fase Final
Os três processos são realizados sucessivamente até se encontrar uma forma afinada aos três parâmetros.

Infamidade I

Lucas C. Lisboa

Assim como?
Como assim?
Comendo!

Dictionary

Lucas C. Lisboa

my pig is a pigmy
meu porco é um pigmeu

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Meu doloroso

Lucas C. Lisboa

Eu jurei: Ser dominada? Nunca! Jamais!
como eu lhe odeio, foi injusto demais!
disse e me lembro como seu riso resoou...
Ele, por um erro menor, me esbofetou!

Mas pior, seduziu-me a pedir por mais...
Sob seu jugo, sofri torturas abissais!
Com seu pulso o controle de mim conquistou;
e pela dor e subjugo por fim me adestrou.

Porque é Ele quem me corta, marca e perfura...
e quem me faz esquecer da dor mais que forte.

É Ele que no fim sempre me deixa confusa...
mas também quem me dá esse tão seguro norte.

A luz útlima da vida insossa e escura...
devo a Ele essa que é a mais desejada sorte.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

O Castigo

Lucas C. Lisboa

à Cruz de Santo André tensa se dirige:
de cabeça baixa, Submissa ao seu Destino...
por Transgredir a minha Norma que vige;
Antegoza e Arrepende de seu desatino!

Presa, o Chicote será sua punicão hoje,
a divertir-me tal brinquedo de menino!
Depois da centésima a contagem lhe foge;
mas gemidos, de Dor ou Prazer, não lastimo...

Gozo ao perceber seu corpo incandescente...
não só quente pelas Marcas e Vergões,
como também pelos orgasmos incontrolados.

Eu sei que de propósito foi Displicente:
pois à Força lhe faço implorar meus perdões
extraindo lamentos muito bem deliciados

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

das largas omoplatas, o mistério

Lucas C. Lisboa

Oh Malakós, Malakós!
que tomastes por almôndegas
as pedras avermelhadas...
grande glutão fostes vós!

sábado, 11 de agosto de 2007

Tédio

Lucas C. Lisboa

mas que mundo chato
que nem um carrapato
debaixo da porta

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Doce Garotinha

Lucas C. Lisboa

Ela está tão sozinha que
segura a faca pelo fio
mordendo uma raiva tamanha
machucando seu lábio macio

sobre o Amor Romântico

Lucas C. Lisboa

do alto do castelo
seu sorriso que é tão belo
se faz amarelo

domingo, 5 de agosto de 2007

Questão de fé

Lucas C. Lisboa

Ele, por anos à fio, pulou de religião em religião buscando a sua iluminação, acabou encontrando sua luz, como homem bomba, nas chamas da explosão.

do Homem

Lucas C. Lisboa

Covardia é sapiência
Nem sempre seguir em frente;
Coragem: pura demência
retroceder é prudente...