Por Você eu escreveria
um Soneto a cada dia
que despertasse contigo
com os seus braços de abrigo
Você logo saberia
que plena nunca seria
como se dormisse comigo
ao sabor do doce figo
Que fosse minha morada
e eu seu Algoz protetor
e lhe beijasse curada
De toda, Toda, sua Dor
que fosse plena e amada
por mim sem qualquer pudor
Publicação em destaque
Poeta e apenas poeta
Já me olharam espantados quando digo que sou poeta e só poeta. Que não canto, nem danço, nem atuo, nem pinto, nem bordo, que "só" ...
domingo, 2 de janeiro de 2011
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Dúvida
Lucas C. Lisboa
O riso depois do pranto,
é ofertar banquete ao santo?
O que diz do afago vil
vindo após os tapas mil?
O riso depois do pranto,
é ofertar banquete ao santo?
O que diz do afago vil
vindo após os tapas mil?
domingo, 26 de dezembro de 2010
Dádiva de Mulher
Lucas C. Lisboa
Pois quando lhe vi de fita
presos seus claros cabelos
Sonhei vestida de chita
vestido dos mais singelos
Um espelho deu a pista
dos desejos nús em pelos
que ela guardava bem quista
e também quis eu querê-los
Culpa do rosto boneca
e dessa pele tão branca
que me dá vontade de morder
É graça quando se mexe
puro fantoche e fetiche
pro meu prazer perverter
Pois quando lhe vi de fita
presos seus claros cabelos
Sonhei vestida de chita
vestido dos mais singelos
Um espelho deu a pista
dos desejos nús em pelos
que ela guardava bem quista
e também quis eu querê-los
Culpa do rosto boneca
e dessa pele tão branca
que me dá vontade de morder
É graça quando se mexe
puro fantoche e fetiche
pro meu prazer perverter
sábado, 25 de dezembro de 2010
Amor Platônico
Lucas C. Lisboa
Eu lhe deixei sim mensagens
Mas vi que eram só miragens
Meus sonhos de pardieiro
pela ave d'outro viveiro.
Eu lhe bordei mil imagens
em meu leito tal paisagem
de desejo verdadeiro
para tê-la por inteiro
sou poeta seduzido
Por seus cabelos tão louros
e seu sorriso de lado
quem dera ser eu querido
pelo mais belo tesouro
que me deixa alucinado!
Eu lhe deixei sim mensagens
Mas vi que eram só miragens
Meus sonhos de pardieiro
pela ave d'outro viveiro.
Eu lhe bordei mil imagens
em meu leito tal paisagem
de desejo verdadeiro
para tê-la por inteiro
sou poeta seduzido
Por seus cabelos tão louros
e seu sorriso de lado
quem dera ser eu querido
pelo mais belo tesouro
que me deixa alucinado!
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Aborto
Lucas C. Lisboa
Que raio de calor é esse
que no fundo não me aquece
Se o jogo eu perdesse
antes que sequer comece
Que raio de calor é esse
que no fundo não me aquece
Se o jogo eu perdesse
antes que sequer comece
sábado, 11 de dezembro de 2010
Ela
Lucas C. Lisboa
dos óculos o aro
seus olhos oculta
meu olhar avaro
à cobiça insulta
seu cabelo me é caro
de maciez arguta
tão casta que calo
minha mente puta
Seu riso e seus lábios
encantam quem passa
inspiram a brasa
Deliram os sábios
no fumo que passa
e no anjo sem asa
dos óculos o aro
seus olhos oculta
meu olhar avaro
à cobiça insulta
seu cabelo me é caro
de maciez arguta
tão casta que calo
minha mente puta
Seu riso e seus lábios
encantam quem passa
inspiram a brasa
Deliram os sábios
no fumo que passa
e no anjo sem asa
Modernoso, cuidado!
Lucas C. Lisboa
Versos não sabe escandir?
Sequer passe por aqui!
Qualquer poesia que valha,
precisa dessa tralha!
Versos não sabe escandir?
Sequer passe por aqui!
Qualquer poesia que valha,
precisa dessa tralha!
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Gozo
Lucas C. Lisboa
Quando o seu corpo faz junto ao meu
um ângulo perfeitamente reto
Chegando assim num ápice tão seu
de um céu longuinquamente mais que perto
O paraíso faz meu lado ateu
acreditar que sou eu o divino
quando ela já foi e perdeu
a lucidez em puro desatino
Veja, de tantos passos só um destino
O que começa com um simples beijo
se termina secreto sob o sino
Eu lhe tomo nas mãos bem mais que certo
de que é da minha posse o vil desejo
consumando o senil e gerando o feto
Quando o seu corpo faz junto ao meu
um ângulo perfeitamente reto
Chegando assim num ápice tão seu
de um céu longuinquamente mais que perto
O paraíso faz meu lado ateu
acreditar que sou eu o divino
quando ela já foi e perdeu
a lucidez em puro desatino
Veja, de tantos passos só um destino
O que começa com um simples beijo
se termina secreto sob o sino
Eu lhe tomo nas mãos bem mais que certo
de que é da minha posse o vil desejo
consumando o senil e gerando o feto
terça-feira, 30 de novembro de 2010
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Domingo de Família
Lucas C. Lisboa
Qualquer assunto aleatório
vira tema de velório
bem falta açucar no chá!
ou das novas cochicar
Mas nada ouve o inglório
do morto no falatório
defunto igual não há
presunto ai de quem provar
A nora nova afana a taça
ela faz com quatro quadras
seus dedos duma quadrilha
Os três irmãos saem no tapa
se faz com quantas espadas
a moral duma família?
Qualquer assunto aleatório
vira tema de velório
bem falta açucar no chá!
ou das novas cochicar
Mas nada ouve o inglório
do morto no falatório
defunto igual não há
presunto ai de quem provar
A nora nova afana a taça
ela faz com quatro quadras
seus dedos duma quadrilha
Os três irmãos saem no tapa
se faz com quantas espadas
a moral duma família?
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Minha Sina
Lucas C. Lisboa
Tenho problemas co'a sina
de com dor de cotovelo
escrever sobre a menina
que foi sonho e pesadelo
o Jeito da pequenina
eu nunca vou esquecê-lo
nada cura a medicina
só pinga limão e gelo
embriagado me alucina
e desenrolo o novelo
de tanta frase traquina
e de verso sem conselho
nunca sei quando termina
a deixa detrás do espelho
o meu poema fulmina
a carta sem rumo e selo
Tenho problemas co'a sina
de com dor de cotovelo
escrever sobre a menina
que foi sonho e pesadelo
o Jeito da pequenina
eu nunca vou esquecê-lo
nada cura a medicina
só pinga limão e gelo
embriagado me alucina
e desenrolo o novelo
de tanta frase traquina
e de verso sem conselho
nunca sei quando termina
a deixa detrás do espelho
o meu poema fulmina
a carta sem rumo e selo
terça-feira, 9 de novembro de 2010
minha menina
Lucas C. Lisboa
de porcelana seu rosto
de malicia seu sorriso
de sua boca vem o gosto
de pecado e paraiso
de porcelana seu rosto
de malicia seu sorriso
de sua boca vem o gosto
de pecado e paraiso
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Maldito Metro
Lucas C. Lisboa
Te tenho-te amargurado
corroído encarcerado
recuo tanto que recuso
a queda do desuso
Te tenho-te amargurado
corroído encarcerado
recuo tanto que recuso
a queda do desuso
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Trova Singela
Lucas C. Lisboa
vem na roda e dança
que eu te amo e te quero
como uma criança
quer um caramelo
vem na roda e dança
que eu te amo e te quero
como uma criança
quer um caramelo
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