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Poeta e apenas poeta
Já me olharam espantados quando digo que sou poeta e só poeta. Que não canto, nem danço, nem atuo, nem pinto, nem bordo, que "só" ...
domingo, 11 de março de 2012
Autobiográfico
Lucas C. Lisboa
Eu mordo como quem beija
acaricio com meus dentes
na justa medida que almeja
a pele nua com seus frêmites
Meu amor é limpo e imundo
lhe faço puta e menina
misturo mimo e maltrato
num ciclo que não termina
Eu fodo como quem transa
com prazeres indigentes
no meu gozo que esbanja
mil perversões indecentes
Meu labor é vagabundo
poeta por vocação e sina
mas de livreto barato
que meus leitores fascina
Protesto como quem cala
o cântico de um santo
numa melodia que embala
da criança o doce pranto
Eu degusto como trago
qualquer vinho antes da ceia
para limpar todo o amargo
que a embriagez semeia
Poeto como quem fala
a prosa de riso pronto
mas que "sem querer" abala
seja o sábio ou o tonto
Eu escrevo como apago
a frase de amor na areia
e caminho a passo largo
para cair em sua teia
sexta-feira, 9 de março de 2012
Greed
Greed
I go so far
in the dark earth
But this car
gives me a scar
in my hearth
I go so fast
but it isn't the best
I need more
like a hungry beast
on a departure store
I go by last
on a weel of life
my beautiful scar
is a fools bribe
one coin, third side!
Ganância
Eu fui tão longe
nessa Terra negra
Pois esse carro
me deu uma cicatriz
em meu coração
Eu fui tão rápido
mas não fui o melhor
Eu preciso de mais
como uma besta faminta
numa loja de departamentos
Eu fui o último
na roda da vida
minha bela cicatriz
é barganha de tolos
uma moeda, três lados!
terça-feira, 6 de março de 2012
Amor de Carnaval
Lucas C. Lisboa
Pelas minhas ricas rimas
e pelos meus velhos prantos
as moças mais femininas
se perdem nos meus encantos
Nas minhas mentiras finas
rezam por todos os santos
pra ser verdades ferinas
o sonho de embalos tantos
Faço da sombra seu par
pra doce moça a sonhar
mais que pode ou deseja
Fato o mal sempre se arranja
pois fodo como quem transa
e mordo como quem beija
segunda-feira, 5 de março de 2012
Yakissoba
Lucas C. Lisboa
carne, frango, carne, frango
e na Sexta Camarão
do China comia o rango
crente que era do Japão
carne, frango, carne, frango
e na Sexta Camarão
do China comia o rango
crente que era do Japão
Lançamento do Livro Sobre Máscaras e Espelhos em Belo Horizonte
Data: 21 de março de 2012
Hora: 18 horas
Local: Biblioteca Estadual Luiz de Bessa
Endereço: Praça da Liberdade n°21
Hora: 18 horas
Local: Biblioteca Estadual Luiz de Bessa
Endereço: Praça da Liberdade n°21
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
deus-menino
Lucas C. Lisboa
pois tenho que me gabar
do meu eu e de vocês
que formam um belo par
de meia-noite às seis
quero mesmo é surrupiar
rainha na folia de reis
e depois sodomizar
uma freira outra vez
eu quero montar um cagado
desses de veloz corrida
numa dança de congado
ou na asa duma fedida
fada com o pé quebrado
numa tarde ensolarada
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
Bilboquê
Lucas C. Lisboa
É na sua carne o meu fogo
embala o som tique e taque
da sua nova fantasia
e eu de mágico de araque
Nas mãos o brinquedo antigo
que me delira no fraque
num movimento que delicia
e me faz seu melhor claque
Sigo seu riso onde for
e me pergunto porquê
d'um perfume ser tão bom
Ela menina de flor
brinca com seu bilboquê
no Carnaval do Leblon
É na sua carne o meu fogo
embala o som tique e taque
da sua nova fantasia
e eu de mágico de araque
Nas mãos o brinquedo antigo
que me delira no fraque
num movimento que delicia
e me faz seu melhor claque
Sigo seu riso onde for
e me pergunto porquê
d'um perfume ser tão bom
Ela menina de flor
brinca com seu bilboquê
no Carnaval do Leblon
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
Gordinha Gostosa
Lucas C. Lisboa
Gosto quando minha glande
ganha a garganta da gordinha
num gracejo grosso e grande
para lhe gozar gatinha
gostosamente em suas nádegas
regojizo meu bons golpes
de palmadas graciosas
se cavalga-me aos galopes
a garota gorduchinha
tão gostosa me dá gana
de assim lhe apertar todinha
ela me engole e afana
meu falo mui gulosinha
e é mesa pruma semana!
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
Arqueira
Lucas C. Lisboa
A flecha dourada
bem em riste pulsa
a morte e a vida
e no vento expulsa
A madeixa alada
pelo ar esvoaça
também dourada
que seduz sua caça
Bárbaro guerreiro
sob sua doce mira
precisa e cruel
penetrando o peito
Seu corpo inteiro
veste verde mirra
canta o menestrel
o seu grande feito
Imagem por: http://www.facebook.com/estranhagrazy
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
Sobre Máscaras e Espelhos
Minha poesia reunida em 10 anos de ofício literário finalmente se encontra condensada em um livro! É com enorme prazer que digo que meu livro: "Sobre Máscaras e Espelhos" foi enviado para a gráfica e em breve esse blog passará por grandes mudanças para receber meu lançamento.
(Clique na imagem para ampliar)
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Rio, até logo
Lucas C. Lisboa
O Rio de Janeiro continua lindo
continua vermelho de sol
e verde e amarelo de alma
num contraste mais perfeito
Tudo fica lindo na madrugada
a dentro quando o ar rarefeito
de oxigênio entra nos pulmões
e o álcool dominas as artérias
Pois Eu sou assim hoje: poeta
livre das amarras quotidianas
livre dos compassos e dos ritmos
Caminho no trilho do trem
tomando carona nos vagões
num vagar de vagabundo artista
O Rio de Janeiro continua lindo
continua vermelho de sol
e verde e amarelo de alma
num contraste mais perfeito
Tudo fica lindo na madrugada
a dentro quando o ar rarefeito
de oxigênio entra nos pulmões
e o álcool dominas as artérias
Pois Eu sou assim hoje: poeta
livre das amarras quotidianas
livre dos compassos e dos ritmos
Caminho no trilho do trem
tomando carona nos vagões
num vagar de vagabundo artista
domingo, 11 de dezembro de 2011
Confissão Carioca
Lucas C. Lisboa
Prefiro sentir calor
a destilar meu ciúme
ambos me cortam de dor
em faca de fino gume
Prefiro sentir calor
a destilar meu ciúme
ambos me cortam de dor
em faca de fino gume
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Poema Natalino
Aos que me dizem
Sou um poeta nato?
Não Nato é meu pai!
que não é apelido
de Renato mas sim
Natalino na verdade
mas não ele não
nasceu no natal!
Quem é que nasceu
foi o meu velho avô
que quis ter um filho
com o nome igual
lá nos idos tempos
de caixeiro viajante
de tropas de burro e
de trem de ferro
Em Alfredo Graça
tinha um armazém
desses de montanhas
de milho e de panos
Meu avô arrendava
um vagão do trem
pra levar de tudo
e trazer também
lá de Caravelas
fim da ferrovia
onde negociava
comprava e vendia
Vovó Terezinha
cuidava da venda
se o velho viajava
e entre uma agulha
e panela vendida
Ela fazia partos
das mulheres grávidas
da vila do Graça
Vovô Natalino
ia do coração
das minas gerais
até na Bahia
Trazia no Natal
fitas pras meninas
e a borracha fazia
festa pros meninos
Sou um poeta nato?
Não Nato é meu pai!
que não é apelido
de Renato mas sim
Natalino na verdade
mas não ele não
nasceu no natal!
Quem é que nasceu
foi o meu velho avô
que quis ter um filho
com o nome igual
lá nos idos tempos
de caixeiro viajante
de tropas de burro e
de trem de ferro
Em Alfredo Graça
tinha um armazém
desses de montanhas
de milho e de panos
Meu avô arrendava
um vagão do trem
pra levar de tudo
e trazer também
lá de Caravelas
fim da ferrovia
onde negociava
comprava e vendia
Vovó Terezinha
cuidava da venda
se o velho viajava
e entre uma agulha
e panela vendida
Ela fazia partos
das mulheres grávidas
da vila do Graça
Vovô Natalino
ia do coração
das minas gerais
até na Bahia
Trazia no Natal
fitas pras meninas
e a borracha fazia
festa pros meninos
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