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Poeta e apenas poeta
Já me olharam espantados quando digo que sou poeta e só poeta. Que não canto, nem danço, nem atuo, nem pinto, nem bordo, que "só" ...
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
Gordinha Gostosa
Lucas C. Lisboa
Gosto quando minha glande
ganha a garganta da gordinha
num gracejo grosso e grande
para lhe gozar gatinha
gostosamente em suas nádegas
regojizo meu bons golpes
de palmadas graciosas
se cavalga-me aos galopes
a garota gorduchinha
tão gostosa me dá gana
de assim lhe apertar todinha
ela me engole e afana
meu falo mui gulosinha
e é mesa pruma semana!
segunda-feira, 23 de janeiro de 2012
Arqueira
Lucas C. Lisboa
A flecha dourada
bem em riste pulsa
a morte e a vida
e no vento expulsa
A madeixa alada
pelo ar esvoaça
também dourada
que seduz sua caça
Bárbaro guerreiro
sob sua doce mira
precisa e cruel
penetrando o peito
Seu corpo inteiro
veste verde mirra
canta o menestrel
o seu grande feito
Imagem por: http://www.facebook.com/estranhagrazy
quarta-feira, 18 de janeiro de 2012
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
Sobre Máscaras e Espelhos
Minha poesia reunida em 10 anos de ofício literário finalmente se encontra condensada em um livro! É com enorme prazer que digo que meu livro: "Sobre Máscaras e Espelhos" foi enviado para a gráfica e em breve esse blog passará por grandes mudanças para receber meu lançamento.
(Clique na imagem para ampliar)
terça-feira, 20 de dezembro de 2011
Rio, até logo
Lucas C. Lisboa
O Rio de Janeiro continua lindo
continua vermelho de sol
e verde e amarelo de alma
num contraste mais perfeito
Tudo fica lindo na madrugada
a dentro quando o ar rarefeito
de oxigênio entra nos pulmões
e o álcool dominas as artérias
Pois Eu sou assim hoje: poeta
livre das amarras quotidianas
livre dos compassos e dos ritmos
Caminho no trilho do trem
tomando carona nos vagões
num vagar de vagabundo artista
O Rio de Janeiro continua lindo
continua vermelho de sol
e verde e amarelo de alma
num contraste mais perfeito
Tudo fica lindo na madrugada
a dentro quando o ar rarefeito
de oxigênio entra nos pulmões
e o álcool dominas as artérias
Pois Eu sou assim hoje: poeta
livre das amarras quotidianas
livre dos compassos e dos ritmos
Caminho no trilho do trem
tomando carona nos vagões
num vagar de vagabundo artista
domingo, 11 de dezembro de 2011
Confissão Carioca
Lucas C. Lisboa
Prefiro sentir calor
a destilar meu ciúme
ambos me cortam de dor
em faca de fino gume
Prefiro sentir calor
a destilar meu ciúme
ambos me cortam de dor
em faca de fino gume
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Poema Natalino
Aos que me dizem
Sou um poeta nato?
Não Nato é meu pai!
que não é apelido
de Renato mas sim
Natalino na verdade
mas não ele não
nasceu no natal!
Quem é que nasceu
foi o meu velho avô
que quis ter um filho
com o nome igual
lá nos idos tempos
de caixeiro viajante
de tropas de burro e
de trem de ferro
Em Alfredo Graça
tinha um armazém
desses de montanhas
de milho e de panos
Meu avô arrendava
um vagão do trem
pra levar de tudo
e trazer também
lá de Caravelas
fim da ferrovia
onde negociava
comprava e vendia
Vovó Terezinha
cuidava da venda
se o velho viajava
e entre uma agulha
e panela vendida
Ela fazia partos
das mulheres grávidas
da vila do Graça
Vovô Natalino
ia do coração
das minas gerais
até na Bahia
Trazia no Natal
fitas pras meninas
e a borracha fazia
festa pros meninos
Sou um poeta nato?
Não Nato é meu pai!
que não é apelido
de Renato mas sim
Natalino na verdade
mas não ele não
nasceu no natal!
Quem é que nasceu
foi o meu velho avô
que quis ter um filho
com o nome igual
lá nos idos tempos
de caixeiro viajante
de tropas de burro e
de trem de ferro
Em Alfredo Graça
tinha um armazém
desses de montanhas
de milho e de panos
Meu avô arrendava
um vagão do trem
pra levar de tudo
e trazer também
lá de Caravelas
fim da ferrovia
onde negociava
comprava e vendia
Vovó Terezinha
cuidava da venda
se o velho viajava
e entre uma agulha
e panela vendida
Ela fazia partos
das mulheres grávidas
da vila do Graça
Vovô Natalino
ia do coração
das minas gerais
até na Bahia
Trazia no Natal
fitas pras meninas
e a borracha fazia
festa pros meninos
terça-feira, 29 de novembro de 2011
Bêbado em Copacabana
Lucas C. Lisboa
Mas me diga seu Drummond
porque é que não me responde
Não gosta desse meu tom
ou porque você é de bronze?
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Honesto
Lucas C. Lisboa
E me diga meu benzinho
de que são essas olheiras?
Pois são culpa do vizinho
que me alugou as orelhas!
Tocando samba e chorinho
pela madrugada inteira!
Mas fui pago direitinho
com moças e bebedeira.
Sim, sim, eu tava na festa
não nego, é feio mentir...
Eu sei que hoje só me resta
pelo seu perdão pedir.
Se me der faço a promessa
de TENTAR não repetir!
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
Detrás da porta
Lucas C. Lisboa
me toca sem pedir perdão
sem dizer uma palavra
me levanta numa mão
para me fazer sua lavra
de ouro puro de tesão
me fazendo sua escrava
com a perna na escansão
que dentre as minhas me trava
marca minha pele branca
e com meu mamilo brinca
na fome que se faz sede
quando meu suspiro estanca
porque me vem numa trinca
de nos por contra parede
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
Apoteose
Lucas C. Lisboa
Ele duma voz de sangue
bem negro de samba atiça
Ela num swingue sem voz
se mexe, samba e eriça
bem negro de samba atiça
Ela num swingue sem voz
se mexe, samba e eriça
o sorriso branco do Negro
que reluz nos olhos claros
duma gringa que não ginga
mas que no peito palpita desejo
que reluz nos olhos claros
duma gringa que não ginga
mas que no peito palpita desejo
só não sabe se quer sê-la
ou ser como o negro e tê-la
se excita tanto a branquela
quê não vê chegar o Mulato
mais que sedento por ela
bruto mas de fino trato
que lhe faz dama e cadela
atrevido num mesmo ato
ou ser como o negro e tê-la
se excita tanto a branquela
quê não vê chegar o Mulato
mais que sedento por ela
bruto mas de fino trato
que lhe faz dama e cadela
atrevido num mesmo ato
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
A princesa amada
Lucas C. Lisboa
na frente do espelho
de tudo e de nada
ri até do conselho
da velha encurvada
não bota aparelho
nem fica falada
somente um fedelho
lhe deixa irritada
Se lhe olha faceiro
se faz mal amada
sem ele é errada
e rasga dinheiro
a moça calada
de lábio vermelho
é muito tarada
pra pouco pentelho
por ele gamada
lhe cai de joelho
jaz descabelada
na hora do recreio
com fome de fada
faminto parceiro
co'a boca felada
lhe engolindo inteiro
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Vizinhança
Lucas C. Lisboa
Nervoso o velho Agripino
brandindo com sua bengala
a ralhar com o menino
que fez da bola uma bala
com um chute bem cretino
acertando sua janela
e a brasília do vizinho
O ecológico Agripino
resmungando não se cala
e recomenda ao menino
a usar bodoque de tala
grossa e elástico fino
pois assim não mais abala
sua paz só a do passarinho
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