Lucas C. Lisboa
pois nenhuma amiga
é assim tão amarga
quanto é a fria
e sagaz sofia
Publicação em destaque
Poeta e apenas poeta
Já me olharam espantados quando digo que sou poeta e só poeta. Que não canto, nem danço, nem atuo, nem pinto, nem bordo, que "só" ...
quinta-feira, 17 de março de 2011
segunda-feira, 14 de março de 2011
Professora
Lucas C. Lisboa / Renata Arnoldi
Vem cá com a Tia
menino acanhado
vem e acaricia
meu rosto de lado
Vem e beija a Tia
menino calado
sua boca na mia
seu lábio molhado
Vem e deita a Tia
menino tarado
na cama macia
do quarto apertado
Vem mas deixa a Tia
menino apressado
sem mais covardia
meu novo safado
Vem cá com a Tia
menino acanhado
vem e acaricia
meu rosto de lado
Vem e beija a Tia
menino calado
sua boca na mia
seu lábio molhado
Vem e deita a Tia
menino tarado
na cama macia
do quarto apertado
Vem mas deixa a Tia
menino apressado
sem mais covardia
meu novo safado
sábado, 12 de março de 2011
Na praça bonita
Lucas C. Lisboa
Sino da igreja batendo
Sozinha ela espera arisca
pelo namorado querendo
seu beijo tal gato a isca
Sino da igreja batendo
Sozinha ela espera arisca
pelo namorado querendo
seu beijo tal gato a isca
sexta-feira, 11 de março de 2011
Divagando sobre o metro, misticismo e música popular
- Todo texto sagrado, seja ele biblia, alcorão, Bahatma Gita e outros tantos são escritos usando versos e na lingua original esses versos seguem um sistema métrico rígido
- Músicas populares, Cantigas de roda e/ou folclóricas também são escritas usando um metro simples no caso do português a maioria das músicas populares é em redondilha maior. Essas músicas populares grudam facilmente na cabeça das pessoas é muito fácil de decorá-las por causa de sua estrutura rítmica.
- O texto dotado de ritmo e estrutura poética deixa de dialogar apenas com o intelecto do leitor para se comunicar com todo o corpo. É o ritmo que ressoa no indivíduo. Numa comunicação que vai além do verbal.
quinta-feira, 10 de março de 2011
Internet, Direito Autoral e Publicação independente
Graças à internet eu tenho onde divulgar meu trabalho! Meus poemas porque poesia de autor jovem e contemporâneo não vende nada segundo as editoras! Graças ao mundo virtual eu publico, recebo críticas e tenho meu público. Se não existisse esse mundo virtual eu com toda a certeza não seria lido! Não teria qualquer estímulo para continuar escrevendo.
Aliás foi graças a internet que descobri que eu podia me lançar de maneira independente. Consegui sem uma editora fazer meu próprio livreto (todo feito em software livre) e sair pelas ruas divulgando-me. E quer saber?
Vendendo assim, sem registrar, sem direito autoral, sem editora, sem todos esses entraves e burocracias, consigo um retorno que é bem interessante. Bem superior aos dividendos que receberia de uma generosa editora caso eles aceitassem me publicar por caridade!
Os tempos são OUTROS nós NÃO precisamos mais dessas instituições e empresas que nada fazem para ajudar o autor de fato. DA só fortalece essas empresas e não o autor.
Aliás foi graças a internet que descobri que eu podia me lançar de maneira independente. Consegui sem uma editora fazer meu próprio livreto (todo feito em software livre) e sair pelas ruas divulgando-me. E quer saber?
Vendendo assim, sem registrar, sem direito autoral, sem editora, sem todos esses entraves e burocracias, consigo um retorno que é bem interessante. Bem superior aos dividendos que receberia de uma generosa editora caso eles aceitassem me publicar por caridade!
Os tempos são OUTROS nós NÃO precisamos mais dessas instituições e empresas que nada fazem para ajudar o autor de fato. DA só fortalece essas empresas e não o autor.
quinta-feira, 3 de março de 2011
After class
Lucas C. Lisboa/ Renata Arnoldi
The sweetlady A doce mocinha
feels so scared morrendo de medo
lost in a field no parque sozinha
hides a secret esconde um segredo
She anxious wait Espera prontinha
for her date por seu namorado
feels butterflies co'a pele branquinha
with shy eyes e olhar abaixado
She swings and nests Se balança e aninha
and wet lips e lábio molhado
Her secret comes Seu segredo vinha
a bad young sir num moço malvado
that made her bitch que lhe fez putinha
and she was pleased de muito bom grado
The sweetlady A doce mocinha
feels so scared morrendo de medo
lost in a field no parque sozinha
hides a secret esconde um segredo
She anxious wait Espera prontinha
for her date por seu namorado
feels butterflies co'a pele branquinha
with shy eyes e olhar abaixado
She swings and nests Se balança e aninha
a silent smile num riso calado
with a red face co'a face quentinhaand wet lips e lábio molhado
Her secret comes Seu segredo vinha
a bad young sir num moço malvado
that made her bitch que lhe fez putinha
and she was pleased de muito bom grado
Meu rancor
Lucas C. Lisboa
Meu rancor é tanto frio e quanto cálido
Amargo tal um beijo calculado
e doce como uma trufa roubada
Nem riso ou tristeza acalentada
Pouco importa qual seja meu estado
já nem pensar em certo ou errado
Não duvido da pedra atirada
pois sei que minh'alma está acorrentada
Insônia não é mal em companhia
Quando esta de modo algum lhe trai
e não traz consigo nenhuma cobrança
Insônia não é mal em solidão.
Quando ficar calado nada atrai
ou da madrugada provoca mudança
Meu rancor é tanto frio e quanto cálido
Amargo tal um beijo calculado
e doce como uma trufa roubada
Nem riso ou tristeza acalentada
Pouco importa qual seja meu estado
já nem pensar em certo ou errado
Não duvido da pedra atirada
pois sei que minh'alma está acorrentada
Insônia não é mal em companhia
Quando esta de modo algum lhe trai
e não traz consigo nenhuma cobrança
Insônia não é mal em solidão.
Quando ficar calado nada atrai
ou da madrugada provoca mudança
A minha vaidade como Poeta
Lucas C. Lisboa
Pedir desculpas por minha existência?
uma bela tragi-comicidade!
até, quem sabe, sinal de demência!
do artista da mais pura vaidade...
Meus versos desconhecem inocência,
cheios de ironia e de verdade.
Minhas palavras exalam dolência,
brindo toda sorte de qualidade!
Gosto de estranho ser em qualquer meio...
Arte em frases é matéria que esculpo!
e erros meus ou de outrem não desculpo.
Pouco importa qualquer desejo alheio.
eu por prazer, dos verbos feios abuso!
pois, para mim, torno belos ao uso!
Pedir desculpas por minha existência?
uma bela tragi-comicidade!
até, quem sabe, sinal de demência!
do artista da mais pura vaidade...
Meus versos desconhecem inocência,
cheios de ironia e de verdade.
Minhas palavras exalam dolência,
brindo toda sorte de qualidade!
Gosto de estranho ser em qualquer meio...
Arte em frases é matéria que esculpo!
e erros meus ou de outrem não desculpo.
Pouco importa qualquer desejo alheio.
eu por prazer, dos verbos feios abuso!
pois, para mim, torno belos ao uso!
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Passeio entre rochedos e oliveiras
Lucas C. Lisboa
Amo vinho, versos, vela e venda
Quero a noite pra lhe desvendar
Faremos do meu lençol a tenda
pras noites de sonhos bem guardar
Até por fim que no fundo me entenda
pois sem mim não pode mais ficar
Venha que eu quero que aprenda
meus truques de fino paladar
E desejará lençóis que lhe prenda
as mãos sem que possa se soltar
Até que muito mais se surpreenda
com meu jeito de lhe dominar!
Pois sequer pense ou compreenda
Venha, relaxe e deixe-se gozar
Seremos muito mais que qualquerlenda
que por pudor ninguém ousa contar
Amo vinho, versos, vela e venda
Quero a noite pra lhe desvendar
Faremos do meu lençol a tenda
pras noites de sonhos bem guardar
Até por fim que no fundo me entenda
pois sem mim não pode mais ficar
Venha que eu quero que aprenda
meus truques de fino paladar
E desejará lençóis que lhe prenda
as mãos sem que possa se soltar
Até que muito mais se surpreenda
com meu jeito de lhe dominar!
Pois sequer pense ou compreenda
Venha, relaxe e deixe-se gozar
Seremos muito mais que qualquerlenda
que por pudor ninguém ousa contar
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
Despertador
Pois nada é belo tão cedo,
meu cabelo desgrenhado,
o meu rosto bem amassado
e meu olho remelado
meu cabelo desgrenhado,
o meu rosto bem amassado
e meu olho remelado
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Coca-Cola
Ele estava sentado na beira do balcão, na segunda cadeira antes de seu fim. Trajava um terno de trabalho. Pedira um drink de gin olhando nos olhos do garçom e sorrindo pois acreditava que assim pareceria mais simpático e cortêz.
Se sentara naquela posição pois assim saberia que não haveria muita gente atrás de si caso precisasse sair, não que ele temesse algo, que estivesse sendo perseguido, apenas gostava de manter-se sempre seguro.
Ele ria para dentro de si vendo o garçom limpar os copos com uma toalha, era uma cena cinematográfica demais para que alguém o fizesse no mundo real. Mas seu riso se calou quando viu pelo reflexo do copo ela entrar naquele bar.
Depois do reflexo escutou o som de seus passos que estranhamente estavam ao ritmo da banda de jazz que se apresentava ali naquele momento.Quem ainda usava sapatilhas com solas de madeira? Quem ainda usava saia plisada depois que saia do colegial? E quem usava pares de óculos tão grossos?
Ela havia entrado na primeira porta que vira ao dobrar a rua, acabara de ser despedida da cia de dança na qual sacrificara meses de árduos ensaios. Torceu o nariz, o cheiro de tabaco e outras ervas queimadas empesteava o ambiente e desde a infância, quando tivera crises asmáticas, passou a detestar odores fortes.
Sentiu as pernas tremerem ao ver que mais de um par de olhos a examinaram quando entrou. Sentia os olhos como agulhas cravejando em suas pernas, seu busto, seus lábios e até em suas nádegas. Porém respirou fundo pois tinha que manter sua postura de indiferença.
Dirigiu-se ao balcão uma cadeira vazia estava perto demais da outra ocupada. Era cedo e tinham mais quatro bancos vazios, não se sentaria na outra ponta, não queria demonstrar medo. Sentou-se numa ousadia há uma cadeira de separação daquela ocupada. Sentiu-se bem consigo, ela precisava se desafiar.
- Uma coca-cola por favor. - Ela não sorriu e nem olhou para o garçom.
- Light senhora? - Se fora invisível para ela, ele sequer levantou a cabeça para identificar quem era.
- Não, pode ser a normal mesmo...
Ele se virou curioso, uma mulher que pedia coca-cola de verdade ainda existia? E seus olhos de soslaio a examinara mais atentamente. Não era feia e nem gorda. Ali não era um bar de artistas, porque diabos ela fora até ali destoando tanto de todos os demais?
Ela percebeu aquele olhar dele por mais que tivesse sido discreto e talvez, exatamente, por essa discrição ele chamou a sua atenção mais do que qualquer um dos tantos olhares que recebeu desde que ali pisou. Mas quando foi se atentar para as feições dele já era tarde. Ele havia se levantado e caminhado de costas sem sequer olhar para trás. Tudo que pôde apreciar era como suas nádegas eram firmes e a calça se ajustava a cada passo destacando-as ainda mais.
Ele precisava distrair a mente, não podia se deixar levar pela primeira mulher que lhe chamava a atenção. Ele sempre fora bom com o taco e a sinuca estava vazia. Passeou por entre as tantas hastes de madeira, conferiu a envergadura e depois de ajeitar as bolas no centro da mesa fez-se sombra atrás de si e escutou a voz de coca-cola:
-Posso jogar?
Se sentara naquela posição pois assim saberia que não haveria muita gente atrás de si caso precisasse sair, não que ele temesse algo, que estivesse sendo perseguido, apenas gostava de manter-se sempre seguro.
Ele ria para dentro de si vendo o garçom limpar os copos com uma toalha, era uma cena cinematográfica demais para que alguém o fizesse no mundo real. Mas seu riso se calou quando viu pelo reflexo do copo ela entrar naquele bar.
Depois do reflexo escutou o som de seus passos que estranhamente estavam ao ritmo da banda de jazz que se apresentava ali naquele momento.Quem ainda usava sapatilhas com solas de madeira? Quem ainda usava saia plisada depois que saia do colegial? E quem usava pares de óculos tão grossos?
Ela havia entrado na primeira porta que vira ao dobrar a rua, acabara de ser despedida da cia de dança na qual sacrificara meses de árduos ensaios. Torceu o nariz, o cheiro de tabaco e outras ervas queimadas empesteava o ambiente e desde a infância, quando tivera crises asmáticas, passou a detestar odores fortes.
Sentiu as pernas tremerem ao ver que mais de um par de olhos a examinaram quando entrou. Sentia os olhos como agulhas cravejando em suas pernas, seu busto, seus lábios e até em suas nádegas. Porém respirou fundo pois tinha que manter sua postura de indiferença.
Dirigiu-se ao balcão uma cadeira vazia estava perto demais da outra ocupada. Era cedo e tinham mais quatro bancos vazios, não se sentaria na outra ponta, não queria demonstrar medo. Sentou-se numa ousadia há uma cadeira de separação daquela ocupada. Sentiu-se bem consigo, ela precisava se desafiar.
- Uma coca-cola por favor. - Ela não sorriu e nem olhou para o garçom.
- Light senhora? - Se fora invisível para ela, ele sequer levantou a cabeça para identificar quem era.
- Não, pode ser a normal mesmo...
Ele se virou curioso, uma mulher que pedia coca-cola de verdade ainda existia? E seus olhos de soslaio a examinara mais atentamente. Não era feia e nem gorda. Ali não era um bar de artistas, porque diabos ela fora até ali destoando tanto de todos os demais?
Ela percebeu aquele olhar dele por mais que tivesse sido discreto e talvez, exatamente, por essa discrição ele chamou a sua atenção mais do que qualquer um dos tantos olhares que recebeu desde que ali pisou. Mas quando foi se atentar para as feições dele já era tarde. Ele havia se levantado e caminhado de costas sem sequer olhar para trás. Tudo que pôde apreciar era como suas nádegas eram firmes e a calça se ajustava a cada passo destacando-as ainda mais.
Ele precisava distrair a mente, não podia se deixar levar pela primeira mulher que lhe chamava a atenção. Ele sempre fora bom com o taco e a sinuca estava vazia. Passeou por entre as tantas hastes de madeira, conferiu a envergadura e depois de ajeitar as bolas no centro da mesa fez-se sombra atrás de si e escutou a voz de coca-cola:
-Posso jogar?
terça-feira, 1 de fevereiro de 2011
A Sociedade Sexista
Questionei a psicanalista Regina Navarro a respeito das expectativas que as pessoas tinham ao se casar no passado e no mundo contemporâneo. E partindo dos resultados dessas expectativas, qual era o grau de felicidade que essas pessoas tinham e qual o grau que possuem hoje.
A resposta segue a baixo:
"As mulheres que foram criadas usando burca não desejam usar vestido decotado, pq nem sabem q essa possibilidade existe. O máximo q elas anseiam é uma burca mais enfeitada. Só desejamos o q conhecemos e sabemos que é possível. Antes do amor entrar no casamento, a família escolhia o cônjuge. As mulheres tinham q ser submissas e obedientes ao marido, q podia castigá-las fisicamente. P/ a maioria delas o sexo era um suplício, mas cumprir o dever conjugal era obrigação. Elas não podiam estudar nem tinham direito à própria herança; o marido ficava dono de tudo. Como isso acontecia com todas as mulheres, elas nem imaginavam outra forma de vida. O marido tratá-las bem, sem agredi-las verbalmente ou espancá-las, era o máximo de felicidade almejado. Com nosso olhar de hoje sabemos q é possível viver com mto mais satisfação."
Fonte: http://www.twitlonger.com/show/8hl7iu
Algo que percebi imediatamente é que se eu questionei sobre pessoas com suas expectativas e felicidades. Recebi uma resposta que tratava exclusivamente das expectativas e felicidades da mulher. Porque? Porque um gênero foi extirpado da resposta em detrimento do outro? Foi uma assunção que os homens do passado viviam plenos e satisfeitos de seu papel, com todas as suas expectativas realizadas e plenos de felicidade? Tal escolha argumentativa não é feita ao léu. Ao negar discursividade ao lado masculino em uma discussão dessas é como colocar a culpa um gênero pelas lamúrias do outro.
O enfoque no mundo feminino é um processo que joga às sombras o masculino. E isso me soa como uma mera perversão da sociedade sexista do passado por uma versão sua contemporânea. Se antes o prazer feminino era considerado feio e impuro e por isso teve negado ou diminuído seu papel no discurso. Hoje vemos a sexualidade feminina esmiuçada em seus mínimos detalhes, enquanto a masculina é deixada de lado, escondida.
Não se conserta uma opressão, uma exclusão de séculos praticando seu oposto simétrico. Se numa pergunta simples como a minha toda a resposta (dada por uma pessoa que tem profundo conhecimento do tema) só enfocou o lado feminino imagine qual é o ambiente que induziu a isto.
A sopa de ismos "machismo, feminismo, femismo, masculinismo" me deixa completamente confuso e eu não consigo usar tais termos com propriedade. Mas eu posso dizer que nossa sociedade é sexista, atribuindo papeis sexuais rígidos ainda hoje para ambos os sexos.
Ambos os sexos sofrem com essa imposição de papéis, ao atacarmos e explicitarmos apenas o papel excruciante por qual um dos sexos é obrigado a se submeter incorremos no risco de desconsiderar o sofrimento do outro e por pensar que ele não carrega nenhum peso de culpá-lo por toda a estrutura sexista da sociedade.
E reitero, uma sociedade sexista não é benevolente com ninguém nem com os homens e nem com as mulheres. Só levantar a bandeira para libertar um dos sexos, não libertará ninguém e apenas criará mais uma sociedade sexista, invertida talvez, mas igualmente ruim.
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
Ode à quem arma o circo e come pipoca
Lucas C. Lisboa
(não me engana seu ar de anjo)
Veja bem em que cilada,
ela colocou o seu marmanjo.
Jogou (justo a namorada!)
na praça q'eu mais manjo...
Sob a lona levantada:
com direito a banda e banjo.
Labirinto faz minha trilha,
minha arena: versejar
é, o diabo amassou seu pão...
Ele caiu numa armadilha!
como pôde ela botar
um rato em covil de leão?

experimento
Recobro seu anexo
circunflexo tinto
Sinto me em dobro
lhe cobro convexo
Flexo meu absinto
Minto em meu nexo
Complexo eu finto
Sucinto não sobro
desdobro requinto
o Quinto eu cobro
lhe sobro e pinto
Assinto pelo sexo
Meche e remeche o fetiche
Lucas C. Lisboa
Não venha voche não brigue
e mucho menos me riche
sequer me maldiga o que
eu mesmo chamei e lhe diche
Para que tanto chilique
se sou bonecho de piche?
Faz mechura de repique
quero seu melhor relinche!
Que veja o vachilo vechamoso
mas necha dancha do machice
não se aveche e diga viche!
Que vichejo mais gostoso.
Feche a porta do fetiche:
meche remeche é pastiche!
Não venha voche não brigue
e mucho menos me riche
sequer me maldiga o que
eu mesmo chamei e lhe diche
Para que tanto chilique
se sou bonecho de piche?
Faz mechura de repique
quero seu melhor relinche!
Que veja o vachilo vechamoso
mas necha dancha do machice
não se aveche e diga viche!
Que vichejo mais gostoso.
Feche a porta do fetiche:
meche remeche é pastiche!
Barbárie em Bárbara
Pois eu farei sem amarras
e também sem as algemas
Usando de minhas garras
para lhe fazer pequena
Presa será pelas farras
das minhas mãos nada amenas
segurando tal mil barras
do seu corpo que me encena
Presa farei do seu rabo
o melhor do aposento
para o meu tão rijo cabo
que entre as pernas apresento
de destino bem traçado
pro gozo doce e nojento
domingo, 23 de janeiro de 2011
Sobre a pequena rocha
Lucas C. Lisboa
em laços e enlaces
cordas e correntes
fizemos as pazes
aos beijos ardentes
em laços e enlaces
cordas e correntes
fizemos as pazes
aos beijos ardentes
domingo, 2 de janeiro de 2011
Promessa
Por Você eu escreveria
um Soneto a cada dia
que despertasse contigo
com os seus braços de abrigo
Você logo saberia
que plena nunca seria
como se dormisse comigo
ao sabor do doce figo
Que fosse minha morada
e eu seu Algoz protetor
e lhe beijasse curada
De toda, Toda, sua Dor
que fosse plena e amada
por mim sem qualquer pudor
um Soneto a cada dia
que despertasse contigo
com os seus braços de abrigo
Você logo saberia
que plena nunca seria
como se dormisse comigo
ao sabor do doce figo
Que fosse minha morada
e eu seu Algoz protetor
e lhe beijasse curada
De toda, Toda, sua Dor
que fosse plena e amada
por mim sem qualquer pudor
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Dúvida
Lucas C. Lisboa
O riso depois do pranto,
é ofertar banquete ao santo?
O que diz do afago vil
vindo após os tapas mil?
O riso depois do pranto,
é ofertar banquete ao santo?
O que diz do afago vil
vindo após os tapas mil?
domingo, 26 de dezembro de 2010
Dádiva de Mulher
Lucas C. Lisboa
Pois quando lhe vi de fita
presos seus claros cabelos
Sonhei vestida de chita
vestido dos mais singelos
Um espelho deu a pista
dos desejos nús em pelos
que ela guardava bem quista
e também quis eu querê-los
Culpa do rosto boneca
e dessa pele tão branca
que me dá vontade de morder
É graça quando se mexe
puro fantoche e fetiche
pro meu prazer perverter
Pois quando lhe vi de fita
presos seus claros cabelos
Sonhei vestida de chita
vestido dos mais singelos
Um espelho deu a pista
dos desejos nús em pelos
que ela guardava bem quista
e também quis eu querê-los
Culpa do rosto boneca
e dessa pele tão branca
que me dá vontade de morder
É graça quando se mexe
puro fantoche e fetiche
pro meu prazer perverter
sábado, 25 de dezembro de 2010
Amor Platônico
Lucas C. Lisboa
Eu lhe deixei sim mensagens
Mas vi que eram só miragens
Meus sonhos de pardieiro
pela ave d'outro viveiro.
Eu lhe bordei mil imagens
em meu leito tal paisagem
de desejo verdadeiro
para tê-la por inteiro
sou poeta seduzido
Por seus cabelos tão louros
e seu sorriso de lado
quem dera ser eu querido
pelo mais belo tesouro
que me deixa alucinado!
Eu lhe deixei sim mensagens
Mas vi que eram só miragens
Meus sonhos de pardieiro
pela ave d'outro viveiro.
Eu lhe bordei mil imagens
em meu leito tal paisagem
de desejo verdadeiro
para tê-la por inteiro
sou poeta seduzido
Por seus cabelos tão louros
e seu sorriso de lado
quem dera ser eu querido
pelo mais belo tesouro
que me deixa alucinado!
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Aborto
Lucas C. Lisboa
Que raio de calor é esse
que no fundo não me aquece
Se o jogo eu perdesse
antes que sequer comece
Que raio de calor é esse
que no fundo não me aquece
Se o jogo eu perdesse
antes que sequer comece
sábado, 11 de dezembro de 2010
Ela
Lucas C. Lisboa
dos óculos o aro
seus olhos oculta
meu olhar avaro
à cobiça insulta
seu cabelo me é caro
de maciez arguta
tão casta que calo
minha mente puta
Seu riso e seus lábios
encantam quem passa
inspiram a brasa
Deliram os sábios
no fumo que passa
e no anjo sem asa
dos óculos o aro
seus olhos oculta
meu olhar avaro
à cobiça insulta
seu cabelo me é caro
de maciez arguta
tão casta que calo
minha mente puta
Seu riso e seus lábios
encantam quem passa
inspiram a brasa
Deliram os sábios
no fumo que passa
e no anjo sem asa
Modernoso, cuidado!
Lucas C. Lisboa
Versos não sabe escandir?
Sequer passe por aqui!
Qualquer poesia que valha,
precisa dessa tralha!
Versos não sabe escandir?
Sequer passe por aqui!
Qualquer poesia que valha,
precisa dessa tralha!
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
Gozo
Lucas C. Lisboa
Quando o seu corpo faz junto ao meu
um ângulo perfeitamente reto
Chegando assim num ápice tão seu
de um céu longuinquamente mais que perto
O paraíso faz meu lado ateu
acreditar que sou eu o divino
quando ela já foi e perdeu
a lucidez em puro desatino
Veja, de tantos passos só um destino
O que começa com um simples beijo
se termina secreto sob o sino
Eu lhe tomo nas mãos bem mais que certo
de que é da minha posse o vil desejo
consumando o senil e gerando o feto
Quando o seu corpo faz junto ao meu
um ângulo perfeitamente reto
Chegando assim num ápice tão seu
de um céu longuinquamente mais que perto
O paraíso faz meu lado ateu
acreditar que sou eu o divino
quando ela já foi e perdeu
a lucidez em puro desatino
Veja, de tantos passos só um destino
O que começa com um simples beijo
se termina secreto sob o sino
Eu lhe tomo nas mãos bem mais que certo
de que é da minha posse o vil desejo
consumando o senil e gerando o feto
terça-feira, 30 de novembro de 2010
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Domingo de Família
Lucas C. Lisboa
Qualquer assunto aleatório
vira tema de velório
bem falta açucar no chá!
ou das novas cochicar
Mas nada ouve o inglório
do morto no falatório
defunto igual não há
presunto ai de quem provar
A nora nova afana a taça
ela faz com quatro quadras
seus dedos duma quadrilha
Os três irmãos saem no tapa
se faz com quantas espadas
a moral duma família?
Qualquer assunto aleatório
vira tema de velório
bem falta açucar no chá!
ou das novas cochicar
Mas nada ouve o inglório
do morto no falatório
defunto igual não há
presunto ai de quem provar
A nora nova afana a taça
ela faz com quatro quadras
seus dedos duma quadrilha
Os três irmãos saem no tapa
se faz com quantas espadas
a moral duma família?
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Minha Sina
Lucas C. Lisboa
Tenho problemas co'a sina
de com dor de cotovelo
escrever sobre a menina
que foi sonho e pesadelo
o Jeito da pequenina
eu nunca vou esquecê-lo
nada cura a medicina
só pinga limão e gelo
embriagado me alucina
e desenrolo o novelo
de tanta frase traquina
e de verso sem conselho
nunca sei quando termina
a deixa detrás do espelho
o meu poema fulmina
a carta sem rumo e selo
Tenho problemas co'a sina
de com dor de cotovelo
escrever sobre a menina
que foi sonho e pesadelo
o Jeito da pequenina
eu nunca vou esquecê-lo
nada cura a medicina
só pinga limão e gelo
embriagado me alucina
e desenrolo o novelo
de tanta frase traquina
e de verso sem conselho
nunca sei quando termina
a deixa detrás do espelho
o meu poema fulmina
a carta sem rumo e selo
terça-feira, 9 de novembro de 2010
minha menina
Lucas C. Lisboa
de porcelana seu rosto
de malicia seu sorriso
de sua boca vem o gosto
de pecado e paraiso
de porcelana seu rosto
de malicia seu sorriso
de sua boca vem o gosto
de pecado e paraiso
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